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Ministro de Bolsonaro ameniza risco de caos na Argentina se Cristina vencer

06.mai.2019 - O presidente Jair Bolsonaro, o chanceler Ernesto Araújo e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em viagem a Buenos Aires - Marcos Corrêa/Presidência da República
06.mai.2019 - O presidente Jair Bolsonaro, o chanceler Ernesto Araújo e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em viagem a Buenos Aires Imagem: Marcos Corrêa/Presidência da República

Luciana Amaral

Do UOL, em Buenos Aires

06/06/2019 21h29

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, amenizou hoje à noite o prognóstico para a Argentina caso a chapa com a ex-presidente Cristina Kirchner vença as eleições de outubro. Em diversas ocasiões, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que se isso acontecer, o país virará uma "Venezuela do Sul" e os reflexos serão "para o povo argentino e para todos nós".

Em Buenos Aires acompanhando Bolsonaro, Araújo usou mais brando para avaliar a situação.

"Vamos ver o que fazer", disse sobre o relação do Brasil com a Argentina num suposto governo Kirchner - ela é candidata a vice de Alberto Fernández, que se apresenta como uma versão menos à esquerda do que Cristina.

Questionado se o apoio de Bolsonaro à reeleição de Mauricio Macri penalizaria a indústria brasileira em caso de vitória da oposição, Araújo disse que "não, isso não acredito não".

"A gente não pode se restringir do que pode fazer agora, que é muito no governo Macri, por causa de eventual hipótese de cenário diferente no futuro próximo", defendeu Araújo.

"Acho que assim: os argentinos têm os problemas deles, como nós temos os nossos. Não vejo assim, na verdade. Temos de trabalhar com a situação que temos hoje", falou.

Mais cedo, em visita a Mauricio Macri na Casa Rosada, em Buenos Aires, Bolsonaro fez um apelo indireto para que os argentinos reelejam o mandatário do país vizinho.

Bolsonaro defende indiretamente a reeleição de Macri

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