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Vencedor do Nobel de Química é o mais velho da história a receber prêmio

Tela mostra retratos dos ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 2019; Goodenough (à esquerda) bateu recorde - Naila Helen Jama/TT News Agency/AFP
Tela mostra retratos dos ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 2019; Goodenough (à esquerda) bateu recorde Imagem: Naila Helen Jama/TT News Agency/AFP

Do UOL, em São Paulo

09/10/2019 09h41

Os cientistas John B. Goodenough, M.Stanley Whittingham e Akira Yoshino formaram o trio de vencedores do Prêmio Nobel de Química de 2019. Mas o primeiro deles, em especial, chamou a atenção por bater um recorde para lá de inusitado.

É que Goodenough, nascido no dia 25 de julho de 1922, tornou-se o laureado de idade mais avançada a receber o Nobel em qualquer categoria, segundo o próprio comitê. Ele atualmente é professor na Universidade do Texas (EUA).

O alemão de 97 anos superou a marca do norte-americano Arthur Ashkin, que faturou o Nobel de Física de 2018 com a mesma idade. Goodenough, no entanto, é alguns dias mais velho do que o físico, que nasceu no dia 2 de setembro de 1922.

Ao lado de Whittingham e Yoshino, Goodenough receberá o prêmio no dia 10 de dezembro em Estocolmo, capital da Suécia. O trio irá dividir a quantia de 9 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3,7 milhões na atual cotação).

A invenção do trio

John B. Goodenough, M.Stanley Whittingham e Akira Yoshino criaram uma bateria de íons de lítio que se assemelha a um "mundo recarregável", nas palavras do comitê do Prêmio Nobel.

"Essa bateria leve, recarregável e potente é agora amplamente utilizada, desde telefones celulares e notebooks a veículos elétricos, [...] e pode armazenar quantidade significativa de energia solar e eólica, tornando possível uma sociedade livre de combustíveis fósseis", afirmaram os jurados da Academia.

Nos anos 70, Whittingan se aproveitou do impulso do lítio para "liberar" seu elétron externo, originando um alto desenvolvimento da primeira bateria de lítio funcional.

Goodenough, por sua vez, conseguiu dobrar o potencial desta bateria ao construir condições adequadas para que ele fosse muito mais útil.

Por fim, Yoshino foi capaz de deixar de lado o lítio puro da bateria para utilizar íons de lítio, que são considerados mais seguros que o lítio puro, o que fez com que a bateria funcionasse na prática.