Brasil fala em "graves irregularidades" e defende nova eleição na Bolívia
Resumo da notícia
- O Ministério das Relações Exteriores afirmou em nota divulgada na tarde de hoje ver com "profunda preocupação" a situação na Bolívia
- Segundo o Itamaraty, relatório da OEA sobre as eleições realizadas em 20 de outubro na Bolívia aponta "graves irregularidades"
- Desde a eleição, o governo Evo Morales vem enfrentando uma série de manifestações pedindo sua renúncia
Em nota divulgada na tarde de hoje pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil defendeu a realização de novas eleições presidenciais na Bolívia. Após uma onda de manifestações, o presidente boliviano Evo Morales anunciou a realização de um novo pleito.
Na nota, o Itamaraty "expressa profunda preocupação com as graves irregularidades" apontadas em análise feita pela OEA (Organização dos Estados Americanos).
Embora o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e outros membros do governo venham sistematicamente classificando as manifestações populares no Chile como atos terroristas, o Itamaraty considerou os protestos na Bolívia como "legítimas manifestações do povo". Na madrugada de hoje, Morales denunciou no Twitter que manifestantes incendiaram as casas de sua irmã, Esther Morales Ayma, em Oruro, e os imóveis dos governadores de Chuquisaca, Esteban Urquizu, e de Oruro, Víctor Hugo Vásquez.
"Denunciamos e condenamos perante a comunidade internacional e o povo boliviano que o plano de golpe fascista executa atos violentos com grupos irregulares, que atearam fogo na casa dos governadores de Chuquisaca e Oruro e da minha irmã naquela cidade. Vamos preservar a paz e a democracia", escreveu Evo.
Após três semanas de manifestações, a situação do governo de Morales se agravou hoje, quando ministros e o presidente da Câmara dos Deputados, entre outras autoridades, decidiram renunciar aos cargos.
O candidato boliviano da oposição, Carlos Mesa, disse neste domingo que o presidente Evo Morales não deve disputar novas eleições depois das denúncias de irregularidades feitas pela OEA.
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