Topo

Esse conteúdo é antigo

Italiana integrante do Estado Islâmico é condenada à prisão por terrorismo

Maria Giulia Sergio se uniu ao grupo em 2014, mas está desaparecida - AFP
Maria Giulia Sergio se uniu ao grupo em 2014, mas está desaparecida Imagem: AFP

Do UOL, em São Paulo

20/11/2019 17h19

A Justiça italiana condenou hoje Maria Giulia Sergio a nove anos de prisão por terrorismo. Conhecida pelo codinome "Fatima Az Zahara", a italiana é integrante do Estado Islâmico, no qual ingressou como foreign fighter ("combatente estrangeira") em 2014.

De acordo com a agência de notícias Ansa, a sentença inclui outras três pessoas - entre elas, o albanês Aldo Kobuzi, marido de Maria Giulia, condenado a dez anos. O casal, no entanto, está desaparecido desde que embarcou para a Síria, no segundo semestre de 2014. Desta forma, segundo o jornal Corriere della Sera, todos os denunciados foram sentenciados à revelia.

Segundo a promotora Paola Pirotta e o procurador-adjunto Maurizio Romanelli, Fatima incitou sua família - seus pais, hoje mortos, e a irmã - a embarcar para o território sírio controlado pelo Estado Islâmico. A função da italiana em seu país era trabalhar como recrutadora.

A irmã de Maria Giulia, Marianna, foi presa em julho de 2015 na cidade de Inzago. Em maio de 2018, ela também foi condenada, pegando cinco anos e quatro meses de prisão.

Em 2015, também ao Corriere della Sera, Maria Giulia defendeu a atuação do Estado Islâmico. "Aqui não fazemos nada que vá contra os direitos humanos", disse. "Você conhece as histórias de Guantánamo ou outras prisões escondidas. O Estado Islâmico não tortura prisioneiros, OK? Mas age de acordo com a sharia", completou, em referência ao direito islâmico.

Estado Islâmico anuncia substituto de líder morto

Band Notí­cias