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EUA X Irã: 'Terceira Guerra Mundial é improvável', diz especialista

22.jun.2019 - Pintura no muro da antiga embaixada dos EUA, em Teerã, retrata a Estátua da Liberdade como uma caveira - Atta Kenare/AFP
22.jun.2019 - Pintura no muro da antiga embaixada dos EUA, em Teerã, retrata a Estátua da Liberdade como uma caveira Imagem: Atta Kenare/AFP

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/01/2020 14h02

Convidado de hoje do programa Morning Show, da Rádio Jovem Pan, o professor de Relações Internacionais, Manuel Furriela, comentou sobre o ataque dos Estados Unidos próximo ao aeroporto de Bagdá, no Iraque, que resultou na morte do general iraniano Qassem Soleimaini.

A notícia gerou uma série de comentários nas redes sociais sobre uma possível Terceira Guerra Mundial. Porém, o especialista falou em "exagero" e descartou totalmente a possibilidade.

"O Irã, apesar de ser um país poderoso, é considerado uma potência regional no Oriente Médio, como é o Brasil na América do Sul. Ele não tem força internacional. Além disso, existem outras potências regionais que rivalizam com o Irã, como a Arábia Saudita e Israel", afirmou.

O professor ressaltou que, para acontecer uma Terceira Guerra, seria necessário o envolvimento de grandes potências mundiais, como países da União Europeia, Rússia e China, que não entrariam no conflito.

"Isso não vai acontecer, é improvável que alguém possa chegar a esse ponto [de uma guerra mundial]. Não é um conflito que tenha esse tamanho pelos autores e pelos assuntos envolvidos. São assuntos regionais e não internacionais, ao contrário da Primeira ou da Segunda Guerra Mundial", declarou.

Como consequência da morte do militar iraniano, Furriela acredita que haverá atos terroristas contra os Estados Unidos, porém com menor força se comparados a grandes ataques, como o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas e o Pentágono.

"Essas organizações, hoje, são menos sofisticadas do que elas eram há alguns anos, não há mais força para se organizar. Atos terroristas vão vir, mas em escala muito menor do que já foi observado historicamente", disse.