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EUA vão respeitar todas as leis internacionais, diz Pompeo sobre Irã

28.fev.2019 - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, se pronuncia em coletiva em Hanói, após fim da cúpula do presidente Donald Trump (ao lado) com o líder norte-coreano Kim Jong-un - Jorge Silva/Reuters
28.fev.2019 - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, se pronuncia em coletiva em Hanói, após fim da cúpula do presidente Donald Trump (ao lado) com o líder norte-coreano Kim Jong-un Imagem: Jorge Silva/Reuters

Do UOL, em São Paulo

07/01/2020 12h35Atualizada em 07/01/2020 14h20

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou hoje que os Estados Unidos vão respeitar "as leis internacionais" em qualquer ação que o país realize contra o Irã caso o país decida responder ao ataque que matou o general iraniano Qassim Suleimani na semana passada.

Durante coletiva de imprensa na Casa Branca hoje, ele foi questionado sobre as chances do país atacar lugares com bens culturais do Irã, como foi sugerido pelo próprio presidente Donald Trump ontem.

Sem dar mais detalhes das informações ou apresentar as provas que levaram ao ataque contra o general, Pompeo disse que "os EUA viram claramente como as ações de Suleimani levaram a centenas de massacres na Síria e à destruição de países como o Líbano e o Iraque".

A morte de Suleimani "salvou vidas americanas", afirmou o secretário, que desmentiu as alegações de que o general estava em missão diplomática quando foi morto na semana passada.

"Você acreditam que Suleimaini estava em Bagdá para liderar uma missão de paz?", perguntou ele aos jornalistas.

"Existe alguma história que indique que era remotamente possível que esse gentil cavalheiro, esse diplomata de grande ordem — Qassim Suleimani— tivesse viajado para Bagdá com a idéia de conduzir uma missão de paz? Sabemos que isso não era verdade", ele disse. "É difícil acreditar que um homem como Suleimani soubesse ser diplomático", completou.

O secretário de Estado de Donald Trump evitou comentar a informação de que os EUA negaram um visto para o ministro das Relações Exteriores do Irã,

Mohammad Javad Zarif, que lhe teria permitido comparecer a uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York na semana passada, antes do ataque a Suleimani.

Conforme o "acordo de sede" de 1947 da ONU, normalmente se pede que os EUA permitam o acesso de diplomatas estrangeiros à entidade, mas Washington diz que pode negar vistos por razões de "segurança, terrorismo e política externa".

A missão do Irã na ONU disse: "Vimos as reportagens, mas não recebemos nenhuma comunicação oficial nem dos EUA nem da ONU quanto ao visto do ministro das Relações Exteriores Zarif". O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, não quis comentar a recusa dos EUA de dar um visto para Zarif.

O chanceler queria acompanhar uma reunião do Conselho de Segurança na quinta-feira a respeito do cumprimento da Carta da ONU.