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Trump vê conflito "acalmando", promete sanções e cita dano mínimo em bases

O presidente dos EUA, Donald Trump, faz discurso na Casa Branca para falar dos ataques a bases norte-americanas no Iraque Imagem: Kevin Lamarque/Reuters

Do UOL, em São Paulo

08/01/2020 13h36Atualizada em 08/01/2020 17h30

Resumo da notícia

  • Em pronunciamento, presidente dos EUA diz que nenhum americano ou iraquiano foi morto em ataque do Irã
  • Para Trump, o governo iraniano parece estar recuando: "Uma coisa muito boa para o mundo",
  • Ele voltou afirmar que general morto pelos EUA era "o maior terrorista do mundo"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizou hoje um pronunciamento na Casa Branca para falar sobre o ataque do Irã a duas bases militares do país no Iraque ocorridos na noite de ontem (no horário de Brasília). À imprensa o republicano disse que o conflito está "acalmando", anunciou que o país persa deverá sofrer novas sanções e reafirmou que nenhum cidadão americano foi morto no ataque.

"Nenhuma vida americana ou iraquiana foi perdida por causa das precauções que nós tomamos para dispersar as forças. Agradeço aos esforços aos homens e mulheres de uniforme. Desde 1999 as nações têm tolerado as ações de desestabilização do Irã no Oriente Médio, esses dias acabaram. O Irã andou procurando obter armas nucleares e ameaçando o mundo civilizado, não vamos permitir isso", declarou, afirmando que "nossas grandes forças americanas estão preparadas para tudo".

Na avaliação de Trump, o confronto com o Irã está diminuindo. "O Irã parece estar recuando, o que é bom para todas as partes envolvidas, uma coisa muito boa para o mundo", disse. O presidente ressaltou que a análise é que a morte do general Qassim Suleimani, que classificou como "o maior terrorista mundial", enfraqueceu o poderio iraniano.

Ainda assim, Trump reforçou sua postura contra os iranianos, que, segundo ele, "criam o inferno" em países vizinhos no Oriente Médio. "Continuamos a avaliar respostas, vamos estabelecer novas sanções que vão permanecer até que o Irã mude sua postura", disse.

Inicialmente, o discurso de Trump seria aberto a um grupo restrito de jornalistas. No entanto, pouco antes da abertura do pronunciamento, a Casa Branca informou que o acesso a outros jornalistas seria permitido. Marcado para as 13h (horário de Brasília), o discurso começou atrasado, às 13h30.

Ataques com danos mínimos

No pronunciamento, Trump reafirmou que os ataques a duas bases militares do país no Iraque não causaram baixas. "Nenhum americano se machucou no ataque da noite passada pelo regime iraniano. Não sofremos baixas, nossos soldados estão seguros e tivemos apenas prejuízos mínimos em nossas bases militares. Nossas grandes forças americanas estão preparadas para tudo", declarou.

O republicano voltou a afirmar que o Irã jamais terá uma arma nuclear, enquanto ele permanecer no comando dos EUA.

Trump trata Suleimani como "o maior terrorista mundial"

Em seu pronunciamento, Trump defendeu também a ação que terminou com a morte do general Qassim Suleimani no último dia 3. O presidente dos EUA classificou Suleimani como "o maior terrorista do mundo" para justificar o ataque.

"Ele treinava terroristas, incluindo homens do Hezbollah", afirmou. "Ele promoveu a morte de muitos soldados. Ele dirigiu ataques recentes que matou um americano e orquestrou um assalto violento na embaixada americana em Bagdá, e planejava outros alvos, mas nós o paramos."

"Ele deveria ter sido executado há muito tempo. Ao eliminá-lo, mandamos uma mensagem poderosa aos terroristas: vocês não vão ameaçar a vida do nosso povo. Continuamos a avaliar respostas, vamos estabelecer novas sanções que vão permanecer até que o Irã mude sua postura", declarou.

Trump classificou o acordo nuclear assinado em 2015 como "tolo". "Os mísseis que foram disparados na noite passada foram pagos pelos nossos aliados com dinheiro da última administração", afirmou, em ataque ao antecessor Barack Obama.

"O acordo nuclear expira em breve. O Irã tem que abandonar suas ambições nucleares e seu apoio aos terroristas. A hora chegou para que o Reino Unido, a Alemanha, a França, a Rússia e a China reconheçam essa realidade. Eles têm que sair do que resta desse acordo. Temos que trabalhar juntos para estabelecer junto com o Irã um acordo que torne o mundo um lugar mais seguro."

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Queda de avião com 176 a bordo levanta dúvidas

Horas antes do ataque do Irã a base dos EUA no Iraque, um avião da Ukraine International Airlines com 176 pessoas, entre passageiros e tripulantes, caiu logo após decolar do aeroporto de Teerã, captal iraniana. A aeronave tinha como destino a cidade de Kiev, na Ucrânia. Todos os ocupantes morreram.

A queda levantou dúvidas sobre as causas do episódio, que ganha contornos mais suspeitos devido ao acirramento do conflito entre os governos persa e norte-americano.

Inicialmente, a Ucrânia falou em falha técnica, mas recuou e disse que investiga. O Irã localizou as caixas-pretas e afirmou que não as enviará à Boeing, empresa sediada nos Estados Unidos.

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