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Segundo dia de protestos no Irã é reprimido com tiros e prisões, diz TV

Estudantes iranianos protestam, ontem, na universidade Amir Kabir após uma homenagem às vítimas da derrubada do voo da Ukraine International - Atta Kenare/AFP
Estudantes iranianos protestam, ontem, na universidade Amir Kabir após uma homenagem às vítimas da derrubada do voo da Ukraine International Imagem: Atta Kenare/AFP

Do UOL, em São Paulo

12/01/2020 19h06

No segundo dia de protestos contra a forma como as autoridades trataram a derrubada do avião da Ukraine International, forças de segurança do Irã teriam reprimido as manifestações a tiros.

Segundo a emissora de TV saudita Al Arabyia, as forças de segurança do Irã inicialmente reprimiram os manifestantes com balas de borracha e gás lacrimogênio, e prenderam um número não informado de manifestantes após confrontos violentos no centro de Teerã.

Contudo, a TV recebeu informações sobre disparos de arma de fogo contra manifestantes em Shadman, bairro da capital do Irã.

Os protestos de hoje não ficaram confinados somente em Teerã e se espalharam pelo norte do país, nas cidades de Amal e Semnan.

Os novos protestos no Irã começaram ontem na Universidade Amir Kabir após uma homenagem aos 176 mortos na derrubada do avião ucraniano. A maioria dos passageiros eram iranianos, muitos deles estudantes. Em novembro houve uma série de protestos no país. Segundo a Anistia Internacional, 300 pessoas foram mortas.

"Morte ao ditador"

Na praça Azadi, em Teerã, os manifestantes cantavam "morte ao ditador".

Na capital do Irã, is manifestantes rasgaram um retrato gigante do aiatolá Ali Khamenei. Em Semnan, os manifestantes disseram que não querem mais uma república islâmica e pediram um referendo.

Em várias regiões do Irã, os manifestantes entoaram frases contra Khamenei.