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Papa Francisco analisa pobreza no mundo: "Permitimos que lacuna ampliasse"

O papa Francisco - REUTERS/Guglielmo Mangiapane/File Photo
O papa Francisco Imagem: REUTERS/Guglielmo Mangiapane/File Photo

Do UOL, em São Paulo

19/02/2020 16h42Atualizada em 19/02/2020 16h42

O papa Francisco se reuniu hoje em Roma com um grupo de economistas para levar a palavra da Igreja Católica sobre os rumos da economia e o aumento da pobreza do mundo.

Segundo o pontífice, se as 50 pessoas mais ricas do mundo, que possuem patrimônio acumulado de US$ 2,2 bilhões, tivessem interesse, elas poderiam financiar a educação e assistência médica de todas as crianças pobres do mundo através de impostos e iniciativas filantrópicas, o que poderia ajudar a reduzir o aumento da mortalidade infantil.

"Se calcula que aproximadamente 5 milhões de crianças menores de cinco anos morreram neste ano devido à pobreza. Este é um mundo rico, porque o mundo é dos ricos", afirmou.

Ainda na reunião, foram apresentados informes oficiais de que a renda per capita mundial será de aproximadamente US$ 12.000. Porém, 100 milhões de pessoas estão assoladas pela extrema-pobreza, necessitando de alimentos, assistência médica, escolas, eletricidade, água potável e serviços de saneamento básico. Segundo o papa, a perpetuação da pobreza é de responsabilidade de todos.

"Se existe a extrema-pobreza em meio à extrema-riqueza, é porque permitimos que a lacuna se ampliasse, se convertendo na maior da história."

Por fim, o pontífice ainda criticou a evasão de divisas para paraísos fiscais.

"A cada ano, milhões de dólares que deveriam pagar impostos para financiar a saúde e educação se acumulam em contas em paraísos fiscais, impedindo a possibilidade do desenvolvimento digno de todos os atores sociais", concluiu.