Após coronavírus, empresa saudita usa imigrante como 'álcool em gel humano'

A petrolífera estatal saudita Saudi Aramco vestiu um de seus funcionários imigrantes como "álcool em gel humano".

Em meio aos esforços para contar o avanço do novo coronavírus, as imagens viralizaram e chocaram a web.

Relacionadas

Arábia Saudita confina região de maioria xiita por coronavírus

Propagação da covid-19 cancela shows e eventos em países do Golfo Pérsico

Bolsa despenca 7,64% mesmo após parada temporária com temor por coronavírus

"Outro exemplo repugnante de racismo causado pelo coronavírus. Desta vez da companhia petrolífera saudita @Aramco forçou um trabalhador estrangeiro a andar como um grande dispensador de desinfetante para as mãos. Explorador e racista. Destaca novamente esse enorme problema na Arábia Saudita e no Golfo", acusa a publicação acima.

"A escravidão nunca foi abolida aqui, apenas re-embalada", defende essa mensagem.

Depois da onda de críticas, a Saudi Aramco pediu desculpas.

Em nota publicada também no Twitter, a empresa que é avaliada como a mais valiosa do mundo (R$ 1,8 trilhão) pediu desculpas e disse que a ação foi tomada sem a aprovação necessária.

A Saudi Aramco disse que "parou imediatamente a ação e tomou medidas rigorosas para prevenir que isso não aconteça novamente".

Ainda no Twitter, alguns usuários acharam que o pedido de desculpas público por si só não bastava e pediram que a Saudi Aramco se desculpasse diretamente com o funcionário alvo da discriminação.

"Não peça desculpas a nós, peça a ele, honre-o e publique uma foto daquele que estava por trás da ideia. Aquele que não teme a Deus e nem respeito o trabalhador, faça-o usar o dispensador e andar pela empresa por um dia inteiro", pediu o usuário na publicação acima.