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Prefeito de Londres diz que Reino Unido está longe de afrouxar quarentena

Sadiq Khan vê britânicos sofrendo com pandemia: "pessoas demais estão perdendo suas vidas" - NIKLAS HALLE"N/AFP
Sadiq Khan vê britânicos sofrendo com pandemia: "pessoas demais estão perdendo suas vidas" Imagem: NIKLAS HALLE'N/AFP

Do UOL, em São Paulo

08/04/2020 10h37

O prefeito da principal cidade do Reino Unido refutou a ideia de pensar no afrouxamento das medidas de distanciamento social determinadas pela quarentena do coronavírus. Para Sadiq Khan, que encabeça a administração de Londres, os britânicos "não estão nem perto" de considerar a volta gradual à normalidade.

"Eu converso com especialistas regularmente. Nós acreditamos que o pico - que é a pior parte da epidemia - ainda está provavelmente a uma semana e meia de acontecer", disse hoje Khan em entrevista à Rádio BBC. A declaração vem após o Reino Unido bater o recorde de mortes pela covid-19 em um dia, com 786 vítimas fatais em 24 horas.

A boa notícia é que ainda há leitos de UTI disponíveis em Londres, confirmando a eficácia do isolamento social para conter a curva de contágio e dar tempo ao sistema de saúde britânico. No entanto, o prefeito londrino reforçou que "pessoas demais estão perdendo suas vidas", então não há muito o que comemorar.

Outra autoridade que comentou o possível relaxamento da quarentena foi o ministro júnior da Saúde, Edward Argar. Para ele, isso só será possível "quando houver um parecer científico de que tenhamos passado pelo pico (da curva de contaminação) e quando for seguro".

"Agora é o momento de nos mantermos firmes no que temos dito às pessoas para fazer, seguir as orientações, seguir as regras, e não colocar em risco todo o progresso que fizemos", acrescentou Argar.

As restrições de circulação de pessoas e funcionamento do comércio estão em vigor no Reino Unido há cerca de três semanas. A previsão inicial era de que fossem revistas ontem. No entanto, os números da pandemia em território britânico seguem crescendo e a região já registra 55.949 casos confirmados, com 6.171 mortes.