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Irlanda frustra brasileiros que pedem auxílio-desemprego e deixam o país

25.abr.2020 - Rua vazia em Dublin, na Irlanda, durante a pandemia do novo coronavírus  - Clodagh Kilcoyne/Reuters
25.abr.2020 - Rua vazia em Dublin, na Irlanda, durante a pandemia do novo coronavírus Imagem: Clodagh Kilcoyne/Reuters

Do UOL, em São Paulo

08/05/2020 10h45

Centenas de pessoas que deixaram a Irlanda por causa da pandemia do novo coronavírus e tentaram reivindicar um seguro-desemprego semanal de 350 euros (cerca de R$ 2.200) foram frustradas pelas autoridades fiscais.

O jornal Irish Daily Mail revelou que o Exchequer, o tesouro do país, já economizou mais de 1 milhão de euros depois de identificar mais de 250 pessoas - brasileiros em maioria - que tentaram fraudar o sistema.

O Departamento de Proteção Social lançou recentemente uma grande operação para verificar informações sobre todas as pessoas que deixam o país. Nas duas últimas semanas e meia, segundo reportagem do Extra.ie, todos aqueles que deixam o país por portos e aeroportos devem fornecer o nome a data de nascimento, dados necessários para verificar se foi feito o pedido de auxílio por causa da pandemia.

Em uma semana no aeroporto de Dublin, um grande número de brasileiros foi detectado deixando o país - muitos haviam solicitado o benefício em razão da perda de emprego.

Qualquer pessoa que viva na Irlanda que tenha perdido o emprego, incluindo um trabalho de meio período, é elegível para fazer o pedido de auxílio. O pagamento semanal de 350 euros é feito por três meses - o que significa que cada destinatário se inscreve uma vez e é pago semanalmente, a menos que seja readmitido ao trabalho ou arranje um novo.

"Muitos haviam reivindicado recentemente e eram elegíveis para o novo pagamento do bem-estar social. É claro que eles têm direito ao pagamento da previdência social, mas não se não estiverem mais morando neste país", disse uma fonte de segurança ao jornal.

"Não é aceitável que eles voltem a morar no Brasil e recebam 350 euros em suas contas bancárias todas as semanas do Estado irlandês pelos próximos três meses", acrescentou.