Cristina Kirchner causa polêmica ao comandar sessão no Senado sem máscara

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, provocou polêmica hoje ao comandar uma sessão virtual do Senado sem usar máscara de proteção em meio à pandemia do novo coronavírus.

A imagem ganhou mais destaque nos meios locais porque as pessoas em volta de Cristina estavam com o equipamento em seus rostos, segundo o jornal La Nacion.

Relacionadas

Argentina tem mais de 300 casos em 24h pela 1ª vez; total vai a 6.879

Buenos Aires fará 'rodízio de pessoas' para passeios nos fins de semana

Aeroporto no Uruguai vai transformar estacionamento em cinema drive-in

De acordo com a publicação, a equipe de Cristina Kirchner justificou a falta da máscara como algo para facilitar o uso da palavra na mesa de comando do Senado. "Quando as pessoas falam, não usam (a máscara). É para que se escute melhor", disseram.

No Twitter, internautas argentinos questionaram a postura da vice-presidente. "Ela é imune a todos os vírus?", perguntou um deles. "Eu a recordo que, além de ter que respeitar as indicações governamentais para todos os habitantes do país, ela está no grupo de risco", concluiu.

Segundo o La Nacion, um protocolo feito pelo diretor médico da Câmara dos Deputados da Argentina recomenda medidas de prevenção para todo o Congresso Nacional local. Entre elas, a lavagem das mãos antes de entrar nos recintos de votações, e a observação de distância de dois metros entre cada pessoa, além do uso de máscaras, a menos que o congressista tenha que fazer uso da palavra ou tome água.

Cristina, que governou o país entre 2007 e 2015, atualmente é vice-presidente de Alberto Fernández e acumula constitucionalmente a função de presidente do Senado argentino, assim como acontece nos Estados Unidos.

A sessão de hoje foi a primeira realizada de forma remota no Senado local. A imensa maioria dos senadores participou por videoconferência.