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Mulher diz que polícia a parou 5 vezes por confundir cão com pessoa negra

A americana Cynthia Franks costumava dirigir com seu poodle Merlin no banco da frente - Reprodução/Cynthia Franks
A americana Cynthia Franks costumava dirigir com seu poodle Merlin no banco da frente Imagem: Reprodução/Cynthia Franks

Do UOL, em São Paulo

11/06/2020 13h14Atualizada em 11/06/2020 13h21

Em meio aos protestos contra o racismo nos Estados Unidos, uma história compartilhada por uma mulher branca ganhou espaço na imprensa.

Cynthia Franks, que vive numa área rural de Michigan, afirmou que, ao longo de um ano, foi parada pela polícia cinco vezes enquanto dirigia porque seu poodle preto teria sido confundido repetidamente com uma pessoa negra.

Segundo Franks, que relatou a história em seu blog, em todas as abordagens ela estava dirigindo dentro das regras de trânsito e não foi multada.

Como comparação, ela disse que dirigiu durante 15 anos em Nova York e só foi parada três vezes, e nas três estava mesmo cometendo infrações —duas vezes por ultrapassar o limite de velocidade e uma por fazer conversão proibida.

A mulher disse que seu poodle, chamado Merlin, viaja frequentemente no banco do passageiro e, às vezes, no banco de trás. Segundo ela, o cachorro é grande o suficiente para ser confundido com uma pessoa, principalmente quando ela dirige à noite.

Em uma das abordagens, Franks afirmou que o policial questionou várias vezes quem estava no banco de trás. Quando ela disse que era seu cachorro, o policial teria dito para ela abrir a porta. Ao ver que se tratava mesmo de um cachorro, ele teria demonstrado surpresa e chateação, escreveu a mulher.

Ao final de seu post, ela disse que desde que Merlin morreu —ela não diz quando— não foi mais parada por policiais.

"Isso acontece diariamente com pessoas negras. Não é correto. O medo é real. A raiva é real. Vidas negras importam", escreveu Franks.