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Manifestante de 75 anos empurrado por policial nos EUA ainda não pode andar

05/06/2020 - Homem de 75 anos é empurrado por policiais em protesto em Buffalo, nos Estados Unidos -
05/06/2020 - Homem de 75 anos é empurrado por policiais em protesto em Buffalo, nos Estados Unidos

Do UOL, em São Paulo

16/06/2020 15h04

Martin Gugino, o homem de 75 anos que foi empurrado por policiais da cidade Buffalo, em Nova York, sofreu traumatismo craniano e ainda não consegue andar, disse hoje sua advogada, Kelly Zarcone.

Gugino foi agredido em 4 de junho, durante uma manifestação contra o racismo policial após a morte de George Floyd, em Mineápolis.

"Não tenho a liberdade de elaborar nada neste momento além de confirmar que seu crânio foi fraturado", informou Zarcone à CNN dos Estados Unidos. "Embora Martin Gugino ainda não consiga andar, tive uma breve conversa antes que ele se cansasse demais. Ele agradece toda a preocupação."

Em comunicado transmitido por sua advogada, o idoso disse: "Eu acho que é muito desnecessário focar em mim. Há muitas outras coisas em que pensar além de mim."

Zarcone disse, ainda, que os médicos não esperam melhoras significativas para esta semana.

Segundo o site Religion News Service, Gugino é um programador aposentado, católico que trabalha para ajudar as pessoas mais vulneráveis e atua junto com o grupo Black Lives Matter.

Na semana passada, o presidente Donald Trump sugeriu no Twitter que Gugino havia provocado os policiais e que a cena poderia ter sido uma armação. Ainda o chamou pejorativamente de "antifa", abreviação para antifascista. Trump tem associado o movimento a um grupo terrorista.

Em entrevista para o TMZ, Zarcone rebateu as acusações e disse que seu cliente sempre foi um "manifestante pacífico porque se importa com a sociedade". Ela ainda analisou as acusações sem prova do presidente como "perigosas".

"Ele é um nova-iorquino típico que ama a família. Ninguém da polícia sequer sugeriu outra coisa, então não sabemos por que o presidente dos Estados Unidos faria acusações tão sombrias, perigosas e falsas contra ele", questionou a advogada.