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China e Índia diminuem tensões após confronto na fronteira no Himalaia

Ministros das Relações Exteriores dos dois países concordaram em diminuir os riscos de novos conflitos - Reuters Photographer
Ministros das Relações Exteriores dos dois países concordaram em diminuir os riscos de novos conflitos Imagem: Reuters Photographer

Do UOL, em São Paulo

17/06/2020 12h53Atualizada em 17/06/2020 13h19

A China e a Índia concordaram em diminuir a escalada de tensão entre os dois países depois de um confronto militar na fronteira da região do Himalaia deixar ao menos 20 mortos, segundo a BBC.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, ligou para Subrahmanyam Jaishankar, ministro da mesma pasta na Índia. Segundo informações da agência Reuters, ambos concordaram em "diminuir a situação de tensão na fronteira".

Pequim e Nova Délhi concordaram em "respeitar os consensos obtidos em reuniões militares entre as duas partes, apaziguar a situação no terreno o mais rápido possível e manter a paz e a tranquilidade nas áreas", afirmou o ministério chinês.

Contudo, Wang Yi cobrou que o país vizinho "deveria punir severamente os responsáveis na linha de frente".

O governo indiano respondeu em comunicado que "as tropas chinesas tentaram montar uma estrutura no lado indiano da fronteira" e que o país deveria corrigir tais comportamentos militares.

Em um pronunciamento, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, afirmou que "as mortes não foram em vão". "A Índia quer paz, mas quando provocada, a Índia é capaz de dar uma resposta adequada, seja qual for o tipo de situação", disse.

O confronto aconteceu ontem e foi o primeiro em 45 anos com vítimas fatais entre os dois países. Um soldado indiano disse à AFP que não aconteceu trocas de tiros, apenas combate corporal, de grande violência, com socos, pedras e barras de ferro.

O episódio ocorreu no Vale de Galwan, a mais de 4.000 metros de altura, área que é objeto de um velho litígio fronteiriço.