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Explosão em Beirute: veja o antes e depois das áreas atingidas

Região portuária de Beirute depois da explosão que deixou mais de 100 mortos - Reprodução/Instagram
Região portuária de Beirute depois da explosão que deixou mais de 100 mortos Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

05/08/2020 11h59Atualizada em 05/08/2020 19h09

A explosão que atingiu Beirute, capital do Líbano, ontem deixou pelo menos cem mortos e um rastro de destruição na região portuária da cidade. Imagens de satélite mostram a área antes e depois das explosões.

A primeira imagem (esquerda), reproduzida do Google Earth, mostra como era a região antes. Já a segunda, divulgada pelo perfil no Instagram rabzthecopter, mostra a destruição na área, formada por galpões e armazéns.

O que aconteceu?

Por volta das 18h locais de ontem (12h, horário de Brasília), uma primeira explosão foi ouvida em Beirute, seguida de outra muito mais potente. Os edifícios tremeram, e os vidros das janelas quebraram em um raio de vários quilômetros.

Nas ruas de Beirute, soldados evacuavam moradores atordoados, muitos ensanguentados, com camisas atadas ao redor da cabeça para conter os ferimentos.

O primeiro-ministro Hassan Diab decretou dia de luto nacional para esta quarta-feira. Ontem, ele afirmou que as explosões foram causadas pela detonação de 2.750 toneladas de nitrato de amônio.

A substância é um sal branco e inodoro, usado na composição de certos tipos de fertilizantes na forma de grãos, altamente solúveis em água. Também é usado na fabricação de explosivos e já causou vários acidentes industriais.

Antes, o diretor da Segurança Geral, Abbas Ibrahim, havia dito que as explosões poderiam ter sido causadas por "materiais altamente explosivos confiscados há anos", mas acrescentou que uma investigação determinará a "natureza exata do incidente".

"É inadmissível que um carregamento de nitrato de amônio, estimado em 2.750 toneladas, esteja há seis anos em um armazém, sem medidas preventivas. Isso é inaceitável e não podemos permanecer em silêncio sobre o tema", declarou o primeiro-ministro durante a reunião do Conselho Superior de Defesa.

Diab prometeu que os responsáveis deverão "prestar contas" e pediu ajuda aos "países amigos" do Líbano.

A tragédia desta terça-feira se soma à já difícil situação do Líbano, que atravessa a pior crise econômica em décadas, marcada por uma depreciação cambial sem precedentes, hiperinflação e demissões em massa que alimentam a agitação social há vários meses. Os hospitais da capital, que já lidam com a pandemia do coronavírus, estão saturados.

Apoio do exterior

No Twitter, o presidente Emmanuel Macron anunciou o envio de um destacamento de segurança civil e de "várias toneladas de material sanitário" a Beirute, assim como a chegada de médicos "o quanto antes".

Canadá, Reino Unido e Estados Unidos também se declararam dispostos a ajudar o povo libanês.

Apesar de estar tecnicamente em guerra com o Líbano, Israel ofereceu "ajuda humanitária e médica ao governo libanês", em meio a novas tensões entre os dois Estados vizinhos.