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Kamala Harris diz esperar "táticas sujas" da campanha de Trump nas eleições

12.ago.2020 - Kamala Harris, vice na chapa de Joe Biden, discursa em Wilmington - REUTERS/Carlos Barria
12.ago.2020 - Kamala Harris, vice na chapa de Joe Biden, discursa em Wilmington Imagem: REUTERS/Carlos Barria

Do UOL, em São Paulo

17/08/2020 07h50

A candidata à vice-presidente na chapa com o democrata Joe Biden disse que o adversário Donald Trump vai usar "táticas sujas" contra eles durante a campanha.

"Eles estarão engajados na tentativa de desviar a atenção das verdadeiras questões que afetam o povo americano. Eu espero que eles usem táticas sujas. E nós estamos prontos", disse Kamala Harris em uma entrevista publicada ontem no site "The Grio".

A fala veio dias depois de Trump questionar a elegibilidade de Harris. Ele sugeriu que ela poderia não ter condições legais de ser candidata, mas que não seria um assunto que sua campanha perseguiria.

"Não sei nada sobre isso, mas não é algo que me incomode. Eu simplesmente não sei sobre isso, mas não é algo que iremos perseguir", declarou ele em entrevista a jornalistas no sábado, em seu clube de golfe em New Jersey.

Na quinta-feira da semana passada, Trump havia declarado que "leu nas redes sociais" que Harris poderia ser inelegível. "Ouvi hoje que ela não atende aos requisitos", disse Trump, referindo-se a John Eastman, advogado e professor da Chapman University que abordou a questão em um artigo para a revista "Newsweek". No sábado, Trump o chamou de "advogado brilhante".

No entanto, após receber várias críticas, a revista se desculpou pelo artigo de Eastman. Filha de pai jamaicano (Donald Harris) e mãe indiana (Gopalan Harris), Kamala Harris nasceu na Califórnia e está apta a disputar as eleições.

Durante a campanha de reeleição de Barack Obama, em 2012, Trump liderou uma campanha com insinuações de que o ex-presidente não havia nascido nos Estados Unidos. Filho de pai queniano e mãe americana, Obama nasceu no Havaí, onde os dois se conheceram. Se não tivesse nascido no país, ele não poderia disputar as eleições.

Obama chegou a divulgar sua certidão de nascimento, buscando encerrar a polêmica, mas Trump levantou dúvidas sobre a veracidade do documento na época. O republicano só encerrou o assunto em 2016, quando durante a campanha para a presidência, afirmou que Obama havia "nascido nos Estados Unidos e ponto".