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Vitória de Biden dará início a 'fascismo de esquerda' nos EUA, diz Trump

Brendan Smialowski/AFP
Imagem: Brendan Smialowski/AFP

Do UOL, em São Paulo

17/08/2020 21h33Atualizada em 17/08/2020 22h50

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que seu adversário nas eleições de novembro, Joe Biden, é uma "marionete de extremistas de esquerda" e que, se o democrata vencer a disputa, vai substituir a liberdade norte-americana por um "fascismo de esquerda" — ainda que o fascismo seja, por definição, uma ideologia de extrema-direita.

"Joe Biden [...] está tentando apagar nossas fronteiras, eliminar nossa polícia, doutrinar nossas crianças, vilanizar nossos heróis", acusou Trump — sem provas — durante um discurso. "[Biden quer] substituir a liberdade americana por um fascismo de esquerda. Eles são fascistas. Alguns deles, não todos eles. Mas eles estão se aproximando, e nós temos que ganhar essas eleições."

A declaração foi feita a apoiadores no Aeroporto Regional de Mankato, em Minnesota.

Trump também falou em "tomar a Casa Branca de volta" — ainda que ela esteja sob seu comando desde 2017 — e disse acreditar que as eleições presidenciais de 2020 serão as mais importantes da história dos EUA. "Em 70, 80 dias, nós vamos ganhar", afirmou, sendo recebido com aplausos.

Também sem citar fontes ou provas, o presidente norte-americano disse que, se Biden e sua vice Kamala Harris vencerem o pleito, vão aumentar os impostos em US$ 4 trilhões.

"[Será um] Futuro de crime, caos, corrupção e colapso econômico. Ele é uma marionete, ele não tem ideia [do que está acontecendo]. Se Biden e Harris chegarem ao poder, eles vão aumentar os impostos em US$ 4 trilhões. Muitos de vocês vão pagar o dobro, o triplo de impostos que estão pagando agora", acusou.

Convenção democrata

O discurso — e os ataques — de Trump acontecem no mesmo dia em que se inicia a convenção democrata, que oficializa Biden como candidato à Casa Branca. No evento, que será realizado sem público e não terá toda a pompa habitual, é esperado um pronunciamento da ex-primeira-dama dos EUA, Michelle Obama.

"Pode ser que estejamos distantes fisicamente, mas nesta semana os democratas se uniram em todo o país para apresentar nossa visão para um Estados Unidos melhor", escreveu Biden em uma rede social, convidando seus apoiadores a participarem remotamente.

O local escolhido para a reunião de quatro dias foi Milwaukee, em Wisconsin, um estado-chave para chegar à presidência, onde os democratas perderam para Trump. Em 2016, o presidente teve uma vitória surpreendente ali, contra Hillary Clinton.