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Taxista sofre queimaduras após passar álcool em gel e acender isqueiro

Brian não pode mais trabalhar e fez uma "vaquinha" na tentativa de arrecadar dinheiro para ajudá-lo financeiramente - Reprodução/NORTH NEWS AND PICTURES
Brian não pode mais trabalhar e fez uma 'vaquinha' na tentativa de arrecadar dinheiro para ajudá-lo financeiramente Imagem: Reprodução/NORTH NEWS AND PICTURES

Do UOL, em São Paulo

04/11/2020 07h53

O taxista Brian Hutchinson, de 42 anos, sofreu graves queimaduras após passar álcool em gel e acender um isqueiro em seguida. O homem tinha higienizado as mãos quando notou que um havia um isqueiro no banco de trás do carro. Ao checar se o objeto estava funcionando, o taxista o acendeu e o fogo se espalhou pela cabeça e o corpo dele. O trabalhador ficou internado por sete semanas e voltou para casa recentemente. O caso foi divulgado ontem pela mídia local.

Segundo o site The Sun, Brian — que mora em Newcastle, na Inglaterra — contou que assim que a chama do isqueiro acendeu ainda havia a solução úmida de álcool em gel em suas mãos — uma das medidas indicadas para evitar a contaminação do coronavírus. Por isso, o fogo logo se espalhou rapidamente para cabeça e as pernas dele.

Quando o atendimento de emergência chegou ao local, o homem não parava de tremer e teve que receber morfina em razão das dores que ele sentia. "Quando isso passou, eu sabia — a dor era horrível", contou.

Devido aos higienizadores possuírem altos níveis de álcool, isso torna o material altamente inflamável. O taxista contou que o álcool em gel utilizado por ele era uma mistura de diversas soluções compradas em diferentes lugares nos últimos meses e que ele colocava dentro de um frasco que ficava no automóvel dele.

Cirurgias e 'vaquinha'

Brian já passou por várias cirurgias nas últimas sete semanas no hospital Royal Victoria Infirmary e ele disse que foi como ir "para o inferno e voltar". Ele contou que fez "enxertos de pele em ambas as mãos, na cabeça e nas orelhas" enquanto estava internado.

De acordo com o site, o homem saiu do hospital recentemente e terá que usar roupas de pressão na pele por, provavelmente, muitos anos. Inclusive, o segundo filho do taxista, que tem cinco semanas de vida, nasceu enquanto o homem ainda estava no hospital.

"Quero agradecer muito a todos os funcionários da unidade de queimados da Ala 37 do RVI [hospital]. Agradeço tudo o que fizeram por mim.", disse Brian.

O taxista não pode trabalhar devido as queimaduras e por isso criou uma "vaquinha" para poder ajudá-lo financeiramente com a meta de 2 mil libras (cerca de R$ 14 mil).