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'É constrangedor', diz Biden sobre Trump não reconhecer derrota em eleição

Do UOL, em São Paulo

10/11/2020 17h44

O democrata Joe Biden, eleito presidente dos Estados Unidos no sábado, afirmou hoje que não vê necessidade de acionar a justiça para iniciar o processo de transição de governo e declarou achar "constrangedor" o fato de o atual presidente, Donald Trump, se recusar a reconhecer a derrota na eleição.

A campanha de Trump afirmou que ele não tem intenção de ceder e admitir a vitória de Biden. O republicano ainda não autorizou que a equipe de transição de Biden inicie o processo de mudança de poder.

Não vejo necessidade de apelar para a justiça [para fazer a transição]. Sendo bem sincero, acho que a judicialização é isso o que estamos assistindo, as ações que ele [Trump] vem tomando. E não há nenhuma evidência sobre as alegações feitas pelo presidente ou pelo secretário Pompeo
Joe Biden em entrevista coletiva concedida em Delaware

Mais cedo, o secretário de Estado de Trump, Mike Pompeo, afirmou que "haverá uma transição tranquila para um segundo governo de Trump".

Antes do resultado das urnas, o republicano entrou na justiça para interromper a contagem de votos nos estados de Michigan, Filadélfia e Geórgia — que deve iniciar uma recontagem de votos em 1º de dezembro. Trump alega fraude eleitoral e, agora, diz estar reunindo provas para impedir a posse do democrata.

Sendo muito sincero, acho que isso é constrangedor
Joe Biden sobre a recusa de Trump em aceitar o resultado das eleições

Trump acusa fraude eleitoral

Sem apresentar provas, Donald Trump afirma que o envio de votos pelo correio é corrupto e "destruiu o sistema" eleitoral dos Estados Unidos. Desde o início da apuração dos votos, a campanha republicana vem apontando para uma suposta fraude envolvendo cédulas enviadas pelo correio.

Fontes internas da Casa Branca disseram à rede americana CNN que a esposa de Trump, Melania, e outros membros da família tentam convencer o presidente a reconhecer a derrota.

Trump ainda não felicitou Biden pela vitória eleitoral. O ato quebra uma tradição de 124 anos no país, em que o candidato derrotado não só reconhece como faz algum contato para parabenizar seu oponente para parabenizar seu oponente pela vitória.