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Conselheiro de Trump sobre covid defende "levante" contra restrições

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump                              - MANDEL NGAN/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Imagem: MANDEL NGAN/AFP

Do UOL, em São Paulo

16/11/2020 11h42

O médico Scott Atlas, um dos integrantes da força-tarefa contra covid e conselheiros do presidente Donald Trump, disse para os moradores de Michigan "se levantarem" contra as restrições impostas pela administração estadual para tentar conter a transmissão do coronavírus.

"A única forma disso parar é se as pessoas se levantarem. Você recebe o que você aceita", escreveu ele em um tuíte neste domingo, mesmo dia em que a governadora do estado, a democrata Gretchen Whitmer, anunciou novas medidas de combate à covid. Atlas foi criticado pela escolha das palavras, mas disse hoje que "não estava defendendo a violência".

Os Estados Unidos vêm registrando um aumento de casos de coronavírus em todo o país. Na última sexta-feira, o presidente Donald Trump voltou a apostar suas fichas nas vacinas e descartou qualquer possibilidade de um novo confinamento no país.

Em pronunciamento, Whitmer disse que o estado "está à beira do precipício, no pior momento da pandemia" e que, o pior cenário previsto pelo comitê de saúde local, prevê mais de mil mortes por semana se nada for feito.

Por isso, pelas próximas três semanas, estão proibidas as aulas presenciais de escolas de ensino médio e universidades (que deverão ter apenas aulas a distância), os restaurantes e bares devem permanecer fechados para atendimento presencial em espaços fechados (apenas áreas abertas, entregas e retiradas) bem como cinemas, estádios, arenas, bingos, cassinos, locais de jogos e teatros.

Também foi solicitado às empresas que façam o máximo possível para que seus funcionários trabalhem de casa e estão vetadas as práticas de exercícios e de esportes em grupo - apenas liberados os esportes profissionais. Foram limitados os encontros de familiares e amigos para eventos em espaços abertos a 25 pessoas, mesmo número permitido para funerais.

De acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins, o país ultrapassou a marca de 11 milhões de casos exatamente uma semana após ter batido os 10 milhões de contaminados. Até a manhã de hoje, o país contabilizava 246.224 mortos pela doença.