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Egito acha 100 sarcófagos de 2,5 mil anos, e abertura revela múmias

Um dos 100 sarcófagos descobertos no antigo cemitério de Saqqara, no Egito  - Reprodução/Youtube/Global News
Um dos 100 sarcófagos descobertos no antigo cemitério de Saqqara, no Egito Imagem: Reprodução/Youtube/Global News

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/11/2020 10h04

O governo do Egito anunciou em uma exibição no último sábado (14) a descoberta de 100 sarcófagos de 2,5 mil anos, além de 40 estátuas funerárias, na antiga necrópole de Saqqara, ao sul do Cairo. Os achados foram considerados a maior novidade arqueológica egípcia desde o início deste ano.

O ministro do Turismo e Antiguidades do Egito, Khaled el-Enany, anunciou que os caixões estão "em perfeitas condições de preservação", conforme divulgou o site do The New York Times. Alguns dos sarcófagos, de acordo com a publicação, ainda guardam múmias de cidadãos mais ricos, que tinham postos de alto status na sociedade estratificada da antiguidade.

Também foram descobertas em Saqqara várias máscaras funerárias, potes canópicos e amuletos. Em entrevista à revista Egypt Today, o egiptólogo Zahi Hawass explicou que tais achados provam que a necrópole foi local de descanso final também para a 26ª Dinastia do Egito, ou seja, para os faraós que governaram entre os anos 600 a.C a 525 a.C.

Estima-se que enterros tenham ocorrido ao longo de 3 mil anos em Saqqara, que é considerada Patrimônio Mundial da UNESCO. As últimas descobertas do local serão exibidas em museus egípcios, como no GEM (Grande Museu Egípcio), que fica próximo às Pirâmides de Gizé e será inaugurado em 2021.

Vale lembrar que outros 59 caixões de madeira, de 2,6 mil anos, também foram encontrados na necrópole há pouco mais de um mês.

E o local rico em descobertas arqueológicas promete ainda mais. "As escavações ainda estão em andamento. Sempre que esvaziamos o poço de um cemitério de sarcófagos, encontramos uma entrada para outro", contou El-Anany, durante o anúncio dos achados.