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Livro devolvido em biblioteca canadense pode estar um século atrasado

O título em questão, "Martin Chuzzlewit", publicado por Charles Dickens em 1884, é um livro pouco citado da obra do autor - Reprodução/Facebook/County of Wellington
O título em questão, "Martin Chuzzlewit", publicado por Charles Dickens em 1884, é um livro pouco citado da obra do autor Imagem: Reprodução/Facebook/County of Wellington

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/11/2020 18h37

Funcionários da biblioteca Fergus, em Ontário (Canadá), ficaram desnorteados ao encontrarem um livro um bocado atrasado na caixa de devoluções. O título em questão é "Martin Chuzzlewit", publicado por Charles Dickens em 1884, que os bibliotecários do local estimam estar até 100 anos atrasados.

Ninguém sabe exatamente quando, ou por quem, o livro foi pego para empréstimo. É possível que o livro, pouco citado na obra de Dickens. tenha feito parte da coleção inaugural da biblioteca, fundada no início do século 20.

Rebecca Hine, bibliotecária-chefe do local, explicou o caso ao canal CTV News: "Bem na placa de identificação do livro, diz dois centavos por dia. Fiz um pouco de pesquisa e parece que provavelmente por volta de 1940 essa era a taxa de aluguel corrente".

Mesmo com as pistas, é difícil afirmar qual seja a data exata em que o livro esteve na biblioteca pela última vez. "Estamos supondo de 100 a talvez 50 anos atrás", disse Rebecca.

Atualmente, as multas por atraso não ultrapassam o valor de US$ 5 (R$ 26,50). Contudo, o valor seria cerca de US$ 580 (cerca de R$ 3 mil), se a taxa de dois centavos de dólar fosse cobrada diariamente do leitor.

Fica ainda mais difícil identificar quem devolveu o livro, visto que a biblioteca tem vários locais de entrega e os livros precisam ser colocados em quarentena devido aos protocolos de proteção ao coronavírus. Os funcionários da biblioteca, no entanto, esperam encontrar a pessoa que devolveu por curiosidade e não para cobrá-la.

"Muitos de nós, nerds dos livros, achamos que é realmente legal ter um livro antigo como esse por perto e imaginar quem o leu", disse Kirstin Maki, supervisora da filial.

Ela ainda exaltou a importância do livro, que ficará em exibição no local como forma de celebração à história. "É muito legal ter esse tipo de conexão com o passado e com a comunidade."