Ex-oficiais militares criticam Trump por incentivar invasão ao Capitólio
Ex-oficiais militares que participaram do governo do presidente Donald Trump acusaram o republicano de incitar a invasão de manifestantes ontem ao Capitólio, durante a sessão que certificou a vitória do presidente eleito Joe Biden, e condenaram a tentativa de tumultuar a transição pacífica do comando da Casa Branca. Mais de 50 pessoas foram presas e outras quatro morreram na invasão.
James Mattis, que foi o primeiro secretário de defesa de Trump, disse que os protestos de ontem foram um "ataque violento ao nosso Capitólio, um esforço para subjugar a democracia americana pelo governo da multidão, foi fomentado pelo senhor Trump".
O ex-oficial ainda afirmou que Trump "usou a presidência para destruir a confiança na eleição e envenenar nosso respeito pelos concidadãos". Ele colocou o republicano em um grupo que chamou de "pseudo líderes políticos cujos nomes viverão na infâmia como perfis em covardia".
O general aposentado Joseph Dunford, ex-presidente da comissão de Chefes de Estado-Maior, disse à CNN que "os líderes que continuaram a minar uma transição pacífica de acordo com a nossa Constituição estabeleceram as condições para a violência de hoje".
Segundo a imprensa norte-americana, Dunford é conhecido por não fazer muitos comentários políticos em público. Mas condenou o episódio de ontem.
"Este é um ataque ultrajante à nossa democracia e um dia triste para a nossa nação. Chegou a hora de todos os americanos e, principalmente, de nossos funcionários eleitos colocarem nosso país em primeiro lugar. Como muitos já disseram, somos melhores do que isso", afirmou.
Após a invasão e a certificação da vitória de Joe Biden, Trump afirmou que fará uma transição ordenada de poder. O democrata toma posse no próximo dia 20, ao lado da vice Kamala Harris.
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