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Reino Unido: Namorada de marinheiro é encontrada em armário de base militar

Vista aérea do campo de aviação de Yeovilton, da Real Força Aérea da Inglaterra - David Goddard/Getty Images
Vista aérea do campo de aviação de Yeovilton, da Real Força Aérea da Inglaterra Imagem: David Goddard/Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/01/2021 10h35

Uma mulher foi encontrada seminua e escondida no guarda-roupas de um militar da Marinha Real Britânica. As autoridades militares logo suspeitaram que ela fosse uma espiã chinesa. Contudo, o responsável pelo quarto confessou ter levado a namorada para a base no porta-malas do carro dele e comprovou o relacionamento com ela.

Engenheiro da base de Yeovilnton, o militar tentou manter a presença da mulher em segredo, fixando uma placa escrito: "Não entre, eu mesmo estou fazendo a limpeza", na entrada do dormitório.

No entanto, uma denúncia de cheiro de perfume feminino perto do quarto fez com que oficiais fossem obrigados a entrar no local. E ao abrir o guarda-roupas do engenheiro, os superiores da base encontraram a mulher seminua encolhida atrás de macacões militares.

A polícia do exército imediatamente escoltou a mulher para fora da base e iniciou as investigações para determinar se ela era uma espiã. A ascendência asiática da intrusa contribuiu para as suspeitas de espionagem, visto que a Marinha prepara na base uma operação nos mares da China, em um momento de tensão entre o país e o Reino Unido.

"Ela tem todas as características de ser uma espiã usando o militar em uma armadilha, e os chefes da Marinha não podiam correr riscos", disse uma fonte da Marinha para o jornal inglês The Sun.

A mulher, então, foi interrogada por oficiais da Marinha e negou as acusações de espionagem. Com a ajuda de agências internacionais, os militares puderam fazer uma verificação de antecedentes da suspeita em que comprovaram que ela não é uma espiã.

Questionada sobre a ascendência chinesa, a mulher confirmou que nasceu no país oriental, mas apresentou um passaporte holandês válido, comprovando sua cidadania europeia.

O militar que levou a mulher para a base também pôde comprovar que eles já namoram há dois anos, o que aliviou a suspeita de que ela teria o seduzido para ter acesso à base da Marinha.

Além de ter sido ridicularizado pelos companheiros, o engenheiro pode ser preso pelo crime militar de violação grave de segurança. Réu confesso, ele explicou que levou a mulher para a base no porta-malas do carro dele e que ela estava lá há duas semanas, desde o fim das férias de Natal.

Na noite de ontem, a Marinha insistiu que leva qualquer violação de segurança extremamente a sério. "É aterrorizante pensar o que ela poderia ter acessado", disse um militar sem patente revelada.

Um porta-voz afirmou que as suspeitas de espionagem já se desmantelaram. O engenheiro, no entanto, deve ser julgado, e não verá mais a namorada em solo britânico, visto que ela foi expulsa do Reino-Unido.