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Trump e Melania foram vacinados contra a covid-19 em janeiro, diz NYT

À época, não houve nenhum anúncio de que o então presidente e a primeira-dama haviam sido imunizados - Andrew Caballero-Reynolds/AFP
À época, não houve nenhum anúncio de que o então presidente e a primeira-dama haviam sido imunizados Imagem: Andrew Caballero-Reynolds/AFP

Do UOL, em São Paulo

01/03/2021 19h13Atualizada em 01/03/2021 19h46

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua esposa, Melania Trump, foram vacinados contra a covid-19 em janeiro, na Casa Branca, segundo disse um funcionário do republicano ao jornal The New York Times. À época, não houve nenhum anúncio de que ele ou a então primeira-dama haviam sido imunizados.

Não se sabe, porém, qual das vacinas utilizadas nos EUA naquele momento — Pfizer/BioNTech e Moderna — Trump e Melania tomaram. O funcionário também não informou se eles tomaram a segunda dose ainda em janeiro ou depois, quando já haviam deixado a Casa Branca.

Hoje, o país já tem uma terceira vacina aprovada para uso emergencial, a da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson. Segundo acordo fechado com o governo americano, o laboratório deve fornecer 100 milhões de doses até o fim junho — o suficiente para imunizar 100 milhões de pessoas, uma vez que o imunizante requer apenas uma aplicação.

A informação de que Trump e Melania já se vacinaram logo repercutiu na imprensa norte-americana, tendo sido confirmada e divulgada também pelas emissoras CNN e CNBC, além dos jornais New York Post e The Hill.

A notícia vem apenas um dia após Trump dar seu primeiro discurso público desde que deixou a presidência. Além de fazer ataques ao atual presidente, o democrata Joe Biden, ele disse que "todos deveriam ser vacinados" — comentário que gerou certo alívio social, já que muitos de seus apoiadores são céticos em relação às vacinas.

O ex-presidente adotou para si o mérito pelo fato de os EUA terem desenvolvido uma das primeiras vacinas contra a covid-19 a ser aprovada para uso emergencial. Em dezembro de 2020, o imunizante da Pfizer/BioNTech começou a ser aplicado no Reino Unido e, logo depois, em território americano.

"Eu cobrei o FDA [equivalente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) americana] como eles nunca tinham sido cobrados, eles mesmos admitiram. Eu realmente não gosto deles, mas uma vez que tínhamos terminado, eu disse: 'Muito obrigado'", disse Trump durante participação na CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora), realizada em Orlando.

Os EUA são, de longe, o país mais afetado pelo coronavírus, com mais de 28,6 milhões de casos confirmados desde o início da pandemia, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins. Há uma semana, o país foi o primeiro do mundo a bater a marca de 500 mil mortes — hoje, já são 514.216.

(Com AFP)