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Papa Francisco envia mensagem ao Brasil e pede 'união' e 'reconciliação'

Aos bispos e ao povo brasileiro, Francisco disse ser necessário deixar de lado as "divisões e as desavenças" - GUGLIELMO MANGIAPANE
Aos bispos e ao povo brasileiro, Francisco disse ser necessário deixar de lado as "divisões e as desavenças" Imagem: GUGLIELMO MANGIAPANE

Colaboração para o UOL

15/04/2021 12h59

Por ocasião da 58ª Assembleia Geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), pela primeira vez realizada de forma virtual, o papa Francisco enviou hoje uma mensagem em vídeo dirigida aos bispos e ao povo brasileiro. Pediu, principalmente, "união" e "reconciliação" para superar as crises.

No início da mensagem, o pontífice afirmou que, através da Igreja Católica do Brasil, se dirigia também a todo o povo brasileiro, "num momento em que este amado país enfrenta uma das provas mais difíceis da sua história".

O papa manifestou sua "proximidade" a todas as "centenas de milhares de famílias" que choram a perda de um ente querido, vítima da covid-19. Citando "jovens e idosos, pais e mães, médicos e voluntários, ministros sagrados, ricos e pobres", Francisco lembrou que a "pandemia não excluiu ninguém no seu rastro de sofrimento".

Na mensagem, o líder máximo da Igreja Católica recordou sua "inesquecível" visita ao Brasil, em 2013, e do que disse a respeito da história da imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do país. Por ter sido encontrada quebrada, poderia servir de símbolo da realidade brasileira: "o que estava separado, recobra a unidade".

De acordo com o papa, a missão da Igreja Católica brasileira é ser "instrumento de unidade". Para isto, pontuou Francisco, é necessário deixar de lado as "divisões e as desavenças".

Somente assim, prosseguiu, os bispos poderão inspirar os fiéis, outros cristãos e cidadãos, em todos os níveis da sociedade, "inclusive no nível institucional e governamental", a trabalharem juntos para superar não somente a crise gerada pelo covid-19, mas também o "vírus da indiferença", que nasce do egoísmo e gera "injustiça social".

O papa também expressou o seu desejo de que a Assembleia Geral dos bispos dê "frutos de unidade e reconciliação a todo o povo brasileiro" e à CNBB e lembrou que "unidade não é uniformidade", mas sim "harmonia".

Francisco concluiu o seu pronunciamento dizendo estar consciente de que "o desafio é grande", mas mandou uma mensagem de esperança ao Brasil: "sabemos que o Senhor caminha conosco".