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Venezuela exclui de vacinação quem faz oposição a Maduro, diz Bloomberg

Profissionais de saúde recebem segunda dose da vacina contra covid-19 na Venezuela - Carolina Cabral/Getty Images
Profissionais de saúde recebem segunda dose da vacina contra covid-19 na Venezuela Imagem: Carolina Cabral/Getty Images

Colaboração para o UOL

16/04/2021 22h38

A Venezuela está excluindo oponentes do governo de Nicolas Maduro da vacinação contra covid-19. Segundo noticiou a Bloomberg, o país estaria restringindo as doses para pessoas que possuem "cartão de fidelidade do estado".

Na semana passada, quando o país iniciou a vacinação de idosos, começaram a ser selecionados beneficiários deste registro, usado pelo governo para controlar a lealdade dos eleitores e conceder benefícios estatais. Apesar de todos os venezuelanos possuírem uma carteira de identidade nacional, nem todos possuem o documento conhecido como Carnet de la Patria. Conforme a reportagem da Bloomberg, o cartão só é concedido a quem precisa de ajuda estatal e que, por isso, tem maior probabilidade de ser leal ao governo.

Especialistas, ONGs e a oposição criticaram a decisão, já que a estimativa de 20 milhões de beneficiários não cobre toda a população, que é de 28 milhões. O correto, segundo eles, seria partir de um registro que inclua 100% da população venezuelana, porque usar este sistema para conduzir a vacinação seria discriminatório.

Conforme a reportagem, o Ministério da Saúde da Venezuela não respondeu aos questionamentos encaminhados.