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Cúpula do Clima: Veja as metas estabelecidas pelos líderes mundiais

Do UOL, em São Paulo

22/04/2021 12h29Atualizada em 22/04/2021 14h38

A abertura da Cúpula do Clima, realizada hoje em um encontro virtual organizado pelos Estados Unidos, ficou marcada pelo estabelecimento de metas ambientais pelos líderes dos principais países do mundo.

Adotando um tom mais moderado em relação a outros discursos ambientais, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), anunciou objetivos que vão no mesmo sentido dos apresentados por outros países.

No Brasil, Bolsonaro disse que a meta é atingir a neutralidade climática (reduzir a zero o balanço das emissões de carbono) até 2050. Além disso, o presidente se comprometeu a colocar fim ao desmatamento ilegal até 2030.

"Com isso, reduziremos em quase 50% nossas emissões até essa data (2030)", disse Bolsonaro.

A meta de neutralidade climática até 2050 é a mesma fixada pelos Estados Unidos e pelos grandes países europeus em relação às ações para zerar o balanço das emissões de CO².

Em seu discurso, o presidente americano, Joe Biden, também apresentou a meta de reduzir pela metade (de 50% a 52%) a emissão de gases do efeito estufa até 2030.

Veja metas apresentadas por outros países além de Brasil e Estados Unidos:

China: neutralidade ambiental até 2060

Nós queremos atingir as nossas metas antes de 2030 e a neutralidade ambiental antes de 2060. Nós queremos sair do pico do carbono para a emissão zero num tempo mais curto que muitos outros países desenvolvidos. E isso mostra os esforços da China.
Xi Jinping, líder da China

Reino Unido: redução de emissões em 78% até 2035

Nós somos o primeiro país a aprovar uma legislação para emissão zero. Nós estamos diminuindo essa participação na emissão em relação a todo o mundo. Precisamos de uma redução de 78% para atingirmos as nossas metas até 2035
Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido

Japão: Diminuição das emissões até 2030

Depois de assumir como primeiro-ministro eu declarei que o Japão teria emissões zero até 2050. O Japão pretende diminuir suas emissões de gás carbono até 2030 mantendo os níveis abaixo dos níveis de 2013 para chegarmos até 2050 com a meta que assumimos. E nós cumpriremos os esforços para reduções de 46% nas emissões para termos mais de 75% da meta cumprida antes do prazo necessário.
Yoshihide Suga: primeiro-ministro do Japão

Alemanha: Retirar o carvão da produção de energia

Nós pretendemos retirar o carvão da produção de energia elétrica para caminharmos totalmente para as [energias] renováveis. Hoje, 46% da nossa eletricidade vem de fontes renováveis e queremos aumentar esse número com a recuperação econômica depois da pandemia da covid-19. Para isso, vamos investir em renováveis e não no carvão"
Angela Merkel, chanceler da Alemanha

Canadá: Reduzir emissões até 45% em 2030

Nossa nova meta para 2030 é diminuir as emissões de 40% até 45%. Nós continuaremos reforçando o nosso plano tendo mais ações para atingir as emissões líquidas até 2050. E nós teremos uma lei para respeitar a nossa meta de 2030 e atingir o que esperamos para 2050. Nós podemos ser parte de uma história global. No Canada, conseguimos atingir 80% da energia elétrica limpa e queremos atingir 100%
Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá

Rússia: Limitar emissões até 2050

Nós teremos esforços ativos na Rússia para ter mais legislações para controlar as emissões de carbono e criar incentivos para a redução [deste composto químico]. Ontem, eu apresentei o meu discurso para a federação russa e listei, dentro das prioridades econômicas, as tarefas de limitar as emissões em nosso país até 2050. Eu estou confiante que, apesar da geografia e da estrutura econômica, esta tarefa possa ser cumprida"
Vladimir Putin, presidente da Rússia

União Europeia: Zerar emissão de carbono até 2050

Nós concordamos ontem com o parlamento europeu e com 27 governos, e já deixamos escrita, a nossa meta para que nós sejamos neutros em carbono até 2050. Nós também concordamos em reduzir as emissões de carbono em pelo menos 25% até 2030. Em junho, nós mostraremos como estaremos prontos até 2050. A natureza não pode mais pagar o preço"
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

Argentina: Criação de legislações para proteção ambiental

Temos um plano muito eficiente para o transporte, indústria e construção para promover a adaptação das nossas tecnologias baseadas em carbono e reduzir as nossas emissões. Nós também temos um plano para a exportação de hidrogênio e criar medidas fortes para combater o desmatamento, classificando-o como crime. Uma nova lei de proteção de florestas nativas está para ser aprovada e também iremos promover a lei que trata da educação ambiental nas escolas"
Alberto Fernández, presidente da Argentina