Topo

Esse conteúdo é antigo

Família é barrada em voo após filho autista não conseguir usar máscara

A Southwest Airlines insistiu que o item é obrigatório por lei e ofereceu hotel para a família pernoitar - Reprodução/Southwest Airlines
A Southwest Airlines insistiu que o item é obrigatório por lei e ofereceu hotel para a família pernoitar Imagem: Reprodução/Southwest Airlines

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/05/2021 17h09Atualizada em 05/05/2021 19h10

Uma família do estado norte-americano de Iowa foi impedida de embarcar em um voo da Southwest Airlines no último domingo (2) após seu filho de 5 anos, que tem autismo, não conseguir usar máscara — item obrigatório para o embarque.

De acordo com o canal KCCI, Paige e Cody Petek estavam voltando de uma temporada na Flórida com os dois filhos, quando, em uma escala no aeroporto de Saint Louis, no estado do Missouri, o primogênito passou a apresentar dificuldade em usar o equipamento de proteção.

Além de ser autista não-verbal, o garoto tem um distúrbio de processamento sensorial e não conseguiu vestir o item de segurança contra a covid-19 no momento do embarque.

Apesar do transtorno da criança, a companhia aérea insistiu na obrigatoriedade da máscara e não permitiu que a família embarcasse no voo de volta para casa.

Ao testemunhar o incidente, outros passageiros do voo teriam abordado membros da tripulação, pedindo que eles ponderassem o caso e autorizassem o menino a entrar no avião. No entanto, o apelo não surtiu efeito e os pais e as duas crianças seguiram com o acesso negado.

Em um comunicado enviado ao KCCI, a Southwest disse ter oferecido um hotel para a família pernoitar e fazer uma nova reserva de bilhetes. Mas os pais do menino recusaram as assistências e foram reembolsados.

O site da companhia aérea esclarece que "recusar-se a usar máscara é uma violação da lei federal e pode resultar na recusa de embarque". Contudo, a Administração de Segurança de Transportes dos EUA diz que indivíduos com deficiência, que não podem usar máscara facial como resultado de sua condição, estão isentos da obrigatoriedade.

Pensando em casos similares ao da família Petek, no final do mês de abril, uma Associação de Salvador (BA) pediu uma flexibilização na lei que obriga o uso de máscaras nas ruas da cidade, para que pessoas autistas, que não consigam fazer uso do item de proteção, não sejam multadas.