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Homem rouba arsenal e é procurado por três países: 'Nível alto de ameaça'

O instrutor militar de tiro Jurgen Conings está fortemente armado depois que ele roubou armas de um quartel em Leopoldsburg, na Bélgica - Reprodução/Polícia Belga
O instrutor militar de tiro Jurgen Conings está fortemente armado depois que ele roubou armas de um quartel em Leopoldsburg, na Bélgica Imagem: Reprodução/Polícia Belga

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/05/2021 16h56Atualizada em 20/05/2021 16h56

O instrutor militar Jurgen Conings, conhecido por ser simpatizante de ideias de extrema-direita, é alvo da polícia belga, alemã e holandesa, que iniciaram uma verdadeira "caçada humana" internacional.

De acordo com a rede BBC, Conings teria feito ameaças contra o infectologista Marc Van Ranst, que liderou o combate da Bélgica contra a covid-19. O médico se refugia com a família em um local seguro.

O soldado de 46 anos também é acusado de roubar armas de um quartel em Leopoldsburg. As autoridades belgas dizem que ele representa o "nível mais alto de ameaça".

Segundo o jornal britânico The Guardian, Conings levou consigo quatro lançadores de foguetes, uma submetralhadora, uma pistola e um colete à prova de balas. A última vez que ele foi visto foi na segunda-feira (17).

Durante uma revista de várias horas na terça-feira (18), em uma floresta próxima da casa do suspeito, na província de Limburg, autoridades localizaram seu carro com armas pesadas.

O Ministério Público Federal da Bélgica informou que "as armas mais preocupantes" estavam no veículo. O porta-voz do ministério, Eric Van Duyse, confirmou à agência de notícias AFP que o soldado foi "bem treinado, mas parece ter ideias associadas à extrema-direita".

Ainda segundo Duyse, o veículo do suspeito também continha indícios de ameaças ao estado e várias figuras públicas. "Teme-se que ele queira realizar uma ação violenta, contra si mesmo ou contra outras pessoas, mas os possíveis alvos corretos ainda não estão claros", contou ele ao The Guardian.

Conings é um dos 30 soldados de extrema-direita que são monitorados pela unidade de análise de ameaças da Bélgica.

Enquanto a busca continua, o infectologista Marc Van Ranst afirmou nas redes sociais que não ficou surpreso com as ameaças.

"Ser contra as medidas de saúde e vacinas e contra o coronavírus muitas vezes coincide com uma glorificação da violência e racismo brutal. Que uma coisa fique clara: essas ameaças não me impressionam", escreveu no Twitter.