FOX News se recusa a transmitir anúncio sobre ataques ao Capitólio
A rede de TV americana FOX News se recusou a transmitir um anúncio de 60 segundos, neste domingo (6), no qual mostra policiais relatando cenas de violência em ataque promovido por apoiadores do então presidente Donald Trump, no dia 6 de janeiro. A emissora, que pertence ao magnata Rupert Murdoch, é tradicionalmente mais alinhada a políticos republicanos.
"Não poderíamos ter imaginado que mesmo uma FOX News rejeitaria um anúncio que simplesmente condena a insurreição e condena as pessoas que apoiam a insurreição", disse Ben Meiselas, um dos cofundadores da MeidasTouch, comitê de ação política liberal, que criou o anúncio. "O que a FOX realmente se tornou é um guardião da câmara de eco fascista para sua base."
Segundo o comitê, o valor do espaço na programação da FOX News custaria US$ 184.854,00 (cerca de R$ 933 mil, na cotação atual). O grupo teria sido informado por telefone na última sexta-feira que o canal não iria colocar o anúncio e não justificou o motivo. Questionada pelo jornal "Los Angeles Times", a direção da emissora não se pronunciou sobre o assunto.
No anúncio, policiais que testemunharam os ataques de 'trumpistas' ao Congresso e relatam as cenas de violência e dizem ainda que foram chamados de "traidores". A peça publicitária encerra-se com a frase: "Nós nunca esqueceremos".
A FOX News está sendo processada por uma fabricante de máquinas de votação, que alega que o canal exibiu falsas alegações de que seus equipamentos foram usados para fraudar a eleição nos EUA, em que Donald Trump foi derrotado. A Dominion pede US$ 1,6 bilhão de indenização (cerca de R$ 8 bilhões), conforme registrou reportagem da agência AFP, em março.
A empresa argumenta que a Fox começou a apoiar as falsas alegações de Trump de que a eleição foi fraudada a favor de Joe Biden porque o canal estava perdendo audiência, já que seu público é composto em grande parte por seguidores do ex-presidente.
Esta é a segunda denúncia de difamação contra a rede de notícias conservadora, que já foi processada em fevereiro por motivos semelhantes por outra empresa de sistemas eleitorais, a Smartmatic.
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