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G7 pede que China coopere com OMS em investigações sobre coronavírus

G7 se reuniu na Inglaterra - 11.jun.2021 - Reprodução/@g7
G7 se reuniu na Inglaterra Imagem: 11.jun.2021 - Reprodução/@g7

Do UOL, em São Paulo

13/06/2021 11h57

A cúpula do G7 terminou com pedidos para a China cooperar com a OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre as origens do novo coronavírus. Sobre a pandemia, os países do bloco demonstraram apoio à realização, em julho, da Olimpíada de Tóquio, que foi adiada no ano passado.

Interferências da Rússia e ações para a proteção do meio ambiente também estiveram na pauta de comunicados do G7, que anunciou a doação de 1 bilhão de doses contra covid-19.

O G7 instou a China a auxiliar com a OMS em uma segunda investigação "transparente" sobre as origens da covid-19. "Solicitamos um estudo oportuno, transparente, conduzido por especialistas e com base científica de fase 2 pela OMS sobre as origens da covid-19, incluindo, como recomenda o relatório dos especialistas, a China", disse o bloco em um comunicado no final de sua cúpula de três dias em Carbis Bay, no sudoeste da Inglaterra.

Os líderes do bloco também pediram que a China "respeite os direitos humanos" da minoria muçulmana uigur na região de Xinjiang e em Hong Kong, embora estejam dispostos a cooperar com Pequim quando "for de interesse mútuo".

"Pretendemos promover nossos valores, incluindo apelando à China a respeitar os direitos humanos e as liberdades fundamentais em relação a Xinjiang e esses direitos, liberdades, bem como um grau significativo de autonomia em Hong Kong", disseram os chefes de Estado e de governo de França, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão no comunicado.

Sobre um tema ligado à pandemia, as grandes potências do G7 apoiaram a realização da Olimpíada, adiada por um ano devido à pandemia. Os líderes querem que o evento seja realizado "com segurança como um símbolo de unidade global para superar a covid-19".

Sobre o meio ambiente, o G7 endossou a intensificação de sua ação coletiva contra as mudanças climáticas, prometendo limitar drasticamente os investimentos governamentais em carvão e proteger a diversidade no planeta.

"Estamos comprometidos em alcançar a meta de emissões zero líquidas até 2050, reduzindo pela metade nossas emissões coletivas nas duas décadas até 2030, aumentar e melhorar o financiamento para o clima até 2025 e conservar ou proteger pelo menos 30% de nossas terras e oceanos até 2030", traz o comunicado.

À Rússia, o pedido foi para que o país ponha fim às suas "atividades desestabilizadoras", incluindo interferências nos sistemas democráticos de outros países e ataques cibernéticos com programas de roubo de dados atribuídos a grupos naquele país.

"Reiteramos nosso interesse por relações estáveis e previsíveis com a Rússia" e "reafirmamos nosso apelo à Rússia para encerrar suas atividades desestabilizadoras e maliciosas", disse o bloco.

(Com AFP)