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Irmãs mortas na queda de prédio em Miami são enterradas no mesmo caixão

Caixão com os corpos das irmãs Lucia e Emma, de 10 e 4 anos, mortas no desabamento do prédio em Surfside, perto de Miami - Reprodução/NBC
Caixão com os corpos das irmãs Lucia e Emma, de 10 e 4 anos, mortas no desabamento do prédio em Surfside, perto de Miami Imagem: Reprodução/NBC

Do UOL, em São Paulo

07/07/2021 07h55Atualizada em 07/07/2021 08h08

Os corpos das irmãs Emma, de 4 anos, e Lucia, de 10, mortas no desabamento de um prédio residencial em Surfside, perto de Miami, foram velados e enterrados no mesmo caixão ontem, em uma igreja em Miami Beach. A família justificou a decisão dizendo que as meninas eram muito pequenas e ficariam felizes de estar juntas.

Os pais das meninas também morreram na tragédia. A família foi velada junta ontem, no primeiro dia de funerais de vítimas após o desastre no condomínio, no dia 24 de junho.

Marcus Guara, de 52 anos, sua esposa Anaely Guara, de 42, e suas filhas foram homenageados e lembrados como uma família unida que gostava de caminhar na praia e de fazer outras coisas simples.

O caixão branco das irmãs foi colocado ao lado dos caixões dos pais. Nele, foram amarradas uma fita rosas e outra roxa, as cores preferidas das duas.

O velório aconteceu a paróquia St. Joseph, a apenas três quarteirões de distância de onde ficava o edifício do Champlain Towers South, que desabou parcialmente há duas semanas.

A paróquia era parte da história da família. Emma foi batizada lá em 2016 e Lúcia fez a primeira comunhão ali, em 2019.

Muitos familiares compareceram à missa. O primo de Marcus, Peter Milián, disse ao canal NBC 6 que o primo "amava ser pai".

Para ele, "foi uma bênção que a família morresse junta". "Eu realmente acredito que Deus cuidou deles ao não os fazer sofrer sem Lúcia e Emma", disse ele.

As equipes de resgate encontraram 36 corpos nos escombros. Mais de 100 pessoas continuam desaparecidas. A busca por mais vítimas continua apesar da aproximação da tempestade tropical Elsa, que deve ganhar força e se transformar em um furacão enquanto chega no estado norte-americano.

As previsões indicam que Surfside e seus arredores não devem sofrer com a pior parte da tempestade, mas as preocupações com seu impacto levaram as autoridades a demolir uma parte do edifício que ainda estava de pé na noite de domingo.