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Ciro Gomes critica Cuba e compara ditadura no país à Alemanha nazista

Ciro Gomes criticou a ditadura de Cuba: "Política externa brasileira não pode ser condescendente" - Reprodução/Youtube
Ciro Gomes criticou a ditadura de Cuba: 'Política externa brasileira não pode ser condescendente' Imagem: Reprodução/Youtube

Colaboração para o UOL

16/07/2021 13h23Atualizada em 16/07/2021 13h52

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) divulgou um vídeo hoje nas redes sociais, no qual classifica o atual regime de Cuba como uma "ditadura" e compara a situação no país a outros "regimes despóticos", como os da Alemanha nazista e da Itália fascista. Ele criticou ainda a política externa brasileira e o apoio do PT à Havana.

"Outros regimes despóticos, até mesmo terríveis como os de [Adolf] Hitler [na Alemanha], [Benito] Mussolini [na Itália] e [Joseph] Stalin [na União Soviética], foram apoiados por certo tempo pela maioria do povo. Mas esse apoio não os transformou em democracias", disse, ressaltando ser "impossível" saber se o atual regime cubano tem mesmo a maioria do apoio popular.

Na gravação de quatro minutos, intitulada "Cuba para os cubanos", o ex-governador do Ceará tece duras críticas à política externa do atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e afirma não temer o debate sobre a ditadura cubana.

"A política externa brasileira não pode ser condescendente, como é agora no governo Bolsonaro, com o desrespeito à soberania de Cuba e ao direito internacional, promovido pelos Estados Unidos", continuou o presidenciável, que também criticou os embargos do governo americano a Havana, que já duram décadas, e "o intervencionismo contumaz" dos EUA.

Por fim, Ciro ponderou que o Brasil "não deve seguir o figurino do PT, marcado por um cacoete de velho tipo de esquerdismo". "Dentro do Brasil, se acocoravam diante do capital, sobretudo estrangeiro. Fora do Brasil encenavam um terceiro mundismo barulhento, visto e inconsequente, cheio de desculpas para as ditaduras, desde que rotuladas de esquerdistas", completou, salientando a necessidade da autodeterminação do "povo cubano".

No domingo (11), milhares de cubanos foram às ruas em protesto contra o governo, o maior registrado no país em anos. Aos gritos, os manifestantes pediram por "liberdade" e "abaixo a ditadura". Como resposta aos protestos, Cuba afirmou que os problemas existentes no país são decorrentes do bloqueio econômico feitos pelos Estados Unidos no século passado.

Em declarações, Jair Bolsonaro demonstrou apoio aos manifestantes e criticou a repressão por parte do governo cubano. Posteriormente, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, rebateu o presidente brasileiro, e o aconselhou a ficar "atento aos atos de corrupção que o envolvem e não desviá-los olhando Cuba com superficialidade".

Lula também comentou a crise no país e disse que as questões devem ser resolvidas internamente. "Os problemas de Cuba serão resolvidos pelos cubanos", escreveu em sua conta no Twitter.