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Pesquisadores acham fóssil de 'pequeno dinossauro' de 308 milhões de anos

Reconstrução com base no fóssil encontrado de 380 milhões de anos - Reprodução/Royal Society Open Science
Reconstrução com base no fóssil encontrado de 380 milhões de anos Imagem: Reprodução/Royal Society Open Science

Do UOL, em São Paulo

21/07/2021 18h58

Uma nova espécie de dinossauro foi descoberta por especialistas em Illinois, nos Estados Unidos. De acordo com o Daily Mail, os paleontologistas encontraram um fóssil de 308 milhões de anos de um "microssauro", uma espécie extinta que tinha o tamanho de um dedo e que pode ser ancestral aos répteis.

Conhecida como Joermungandr bolti, acredita-se que esse animal usava sua cabeça para cavar no subsolo.

"Provavelmente teria sido uma escavadeira com a cabeça primeiro, usando a cabeça para se cravar no solo", disse à AFP o co-autor do estudo Arjan Mann, pesquisador de pós-doutorado do Smithsonian Institution. A pesquisa foi publicada na revista Royal Society Open Science.

fóssil - Reprodução/Royal Society Open Science - Reprodução/Royal Society Open Science
Pesquisadores acreditam que espécie possa ser ancestral aos répteis
Imagem: Reprodução/Royal Society Open Science

"Seus membros provavelmente não eram muito funcionais. Ele pode tê-los usado para se estabilizar enquanto estava cambaleando. Mas seu principal modo de movimento seria se arrastar, como uma cobra."

O fóssil foi encontrado em um pântano em Francis Creek Shale, no estado de Illinois, e mede cerca de cinco centímetros de comprimento. Ainda é possível encontrar quatro pernas curtas no material.

Estas espécies vagaram pela Terra entre 359 e 299 milhões de anos atrás, quando os amniotas, criaturas que vieram antes dos mamíferos e répteis modernos, apareceram pela primeira vez.

"Muitos detalhes dessa transição não são bem conhecidos", explicou.

"Os 'microssauros' tornaram-se recentemente importantes na compreensão das origens dos amniotas. Muitos deles foram considerados ancestrais de anfíbios ou ancestrais de répteis."

O fóssil também contém parte de sua pele, o que surpreendeu os pesquisadores.

"É muito raro que algo com 300 milhões de anos tenha pele!", disse o pesquisador.

Ainda, durante a investigação, foi identificado que a espécie tinha escamas, colocando em xeque a hipótese de que a espécie é ancestral de anfíbios.

"Este animal realmente tinha uma aparência de réptil", defende Mann.