Ex-assessor do príncipe Charles renuncia após escândalo por honra real

O ex-assessor do príncipe Charles, Michael Fawcett, renunciou temporariamente de seu cargo como chefe-executivo da Prince's Foundation (Fundação do Príncipe, em português) após a imprensa revelar que ele teria oferecido uma honraria a um empresário saudita em troca de doações.

Segundo o jornal Sunday Times, Fawcett teria utilizado sua posição e influência para ajudar o empresário saudita Mahfouz Marei Mubarak bin Mahfouz a obter o título de Comendador da Ordem do Império Britânico (CBE na sigla em inglês). O jornal apresentou e-mails com as conversas envolvendo o empresário.

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A honraria foi concedida no final de 2016. De acordo com a BBC, que cita fontes próximas à realeza, o príncipe Charles não tinha conhecimento de ligações entre as doações à fundação e a honraria.

A Prince's Foundation é uma instituição de caridade educacional e abrange uma série de interesses de caridade do Príncipe Charles. Fawcett se tornou chefe-executivo em 2018, mas antes já trabalhava com a família real.

Um CBE é uma das maiores honrarias que pode ser recebida por um cidadão de fora do Reino Unido.

Ainda segundo o Sunday Times, Mahfouz estava buscando vários cargos honorários para reforçar seu pedido de cidadania britânica por meio do "visto dourado" dado a pessoas com muito dinheiro como um "Investimento".

Um porta-voz da fundação disse à CNN americana que "leva muito a sério as alegações que recentemente foram trazidas à sua atenção e que o assunto está atualmente sob investigação".

Douglas Connell, presidente da Prince's Foundation, disse à BBC News que Fawcett ofereceu sua renúncia temporária das funções ontem enquanto uma investigação é realizada.

"A Prince's Foundation aceitou esta oferta. Michael apoia totalmente a investigação em andamento e confirmou que ajudará de todas as maneiras", disse.

A renúncia acontece semanas depois de outro escândalo que atinge a família real: a acusação de abuso sexual contra o príncipe Andrew. O abuso teria sido cometido em 2001 contra Virginia Giuffre, então com 17 anos. Andrew nega as acusações.