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Fotógrafo conta como foto de 'tubarão voador' mudou sua vida

"Tubarão Voador" é considerada a imagem que lançou a carreira de Chris Fallows como fotógrafo da vida selvagem - Reprodução/Instagram Chris Fallows
'Tubarão Voador' é considerada a imagem que lançou a carreira de Chris Fallows como fotógrafo da vida selvagem Imagem: Reprodução/Instagram Chris Fallows

Do UOL, em São Paulo

09/09/2021 13h24Atualizada em 10/09/2021 08h40

O fotógrafo sul-africano Chris Fallows foi o primeiro a capturar um grande tubarão-branco próximo da Ilha Seal, na costa da Cidade do Cabo, em 1996. A imagem repercutiu no mundo inteiro, aparecendo em mais de 60 documentários e cerca de 500 publicações. O sucesso do registro, por sua vez, fez com que Fallows mudasse totalmente os rumos de sua vida. Em entrevista à CNN, o fotógrafo afirmou que se apaixonou pela vida selvagem desde cedo e que, agora, pretende retribuir o sucesso aos animais.

"[Quando entrei em contato com a vida selvagem] fiquei incrivelmente apaixonado por esses animais. Tive a sorte de poder descobrir um funcionamento bastante único em Seal Island e False Bay, e nisso veio o do grande tubarão-branco voador. Eu certamente vi um grande nicho e oportunidade para mim como fotógrafo, e comecei a tentar capturar o comportamento desse tubarão-branco incrivelmente atlético, que abriu portas sem precedentes para mim em todo o mundo", conta.

Fallows define o trabalho como "glamouroso e gratificante", ainda que envolva um "trabalho árduo". Para ele, o registro do tubarão-branco abriu uma longa jornada de quase 30 anos em que fez registros dos mais diferentes tipos de animais ao redor do mundo. "Isso me levou a um ponto ao qual eu realmente quero retribuir. Então, com os lucros das obras, eu e minha mulher queremos comprar grandes extensões de terra na África do Sul para serem reabilitadas e remodeladas como nosso legado para, esperançosamente, deixar este planeta de uma maneira melhor do que aquela que viemos para ele", diz.

Nos últimos cinco anos, ele e a mulher, Monique, têm convivido com os Maasai, no Quênia para fazer registros dos últimos 30 grandes "presas", elefantes cujas presas crescem tanto que podem tocar o solo. "Este é apenas um exemplo das incríveis histórias que dão uma dimensão extra às fotografias que capto, usando técnicas inovadoras e uma vida inteira de conhecimento dos assuntos que me permitem aproximar com respeito e intimidade de leões, elefantes e grandes tubarões-brancos", conta.

As fotografias, por sua vez, não devem parar tão cedo. "Eu realmente acredito que, como fotógrafos de vida selvagem, temos um dever muito importante, que é mostrar esses animais não apenas por sua beleza, mas também pela ameaça que enfrentam. É realmente um privilégio estar em campo."