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Covid: idosa acorda após filho decidir desligar aparelhos e comprar caixão

Idosa desperta de coma após família decidir desligar aparelhos. - Divulgação
Idosa desperta de coma após família decidir desligar aparelhos. Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL

19/11/2021 13h58Atualizada em 19/11/2021 14h25

A norte-americana Bettina Lerman, de 69 anos, estava internada com covid-19 por mais de um mês em um hospital de Portland, quando os médicos disseram que ela não acordaria. Com este cenário, a família decidiu desligar os aparelhos que a mantinham viva. No entanto, a idosa despertou do coma justamente no dia em que o suporte seria encerrado.

Naquele momento, o aluguel de Bettina já havia sido suspenso. Além disso, roupas dela foram doadas e a família planejava o funeral, tanto que o caixão e a lápide, assim como os arranjos de flores, já estavam devidamente escolhidos. Depois de ouvir dos próprios médicos a frase "sua mãe nunca vai acordar", o filho da idosa, Andrew Lerman, se surpreendeu ao receber uma em ligação meio aos preparativos funerários.

"Ele (o médico) disse: 'Bom, eu preciso que você venha aqui imediatamente. Então, eu disse: 'Ok, o que há de errado'. Ele respondeu: Bom, não há nada de errado. A sua mãe acordou", afirmou Andrew em entrevista à CNN, lembrando que até derrubou o telefone no chão de tanta excitação ao receber a notícia, no fim de outubro. Atualmente, ela segue em estado delicado, mas está consciente.

Importância da vacina

Segundo o filho, Betinna possuía uma série de problemas de saúde, como diabetes, além de ter sofrido um ataque cardíaco e passado por uma cirurgia de ponte de safena. A idosa não estava vacinada contra a covid, mas planejava se vacinar na época em que contraiu a doença. Ela mora com o filho na Flórida, mas faz visitas frequentes a Portland para cuidar do pai de Andrew, que tem câncer em estágio 4.

Andrew, que também não se vacinou, foi contaminado, assim como sua esposa e seu pai. A situação da mãe, contudo, impactou a opinião dele sobre a vacina. "Mudo minha perspectiva, porque se pegarmos covid de novo, talvez não seja tão ruim como agora", comentou em entrevista ao jornal Washington Post.

Cerca de três semanas após o despertar, a situação de Betinna continua grave, mas o hospital não pode compartilhar mais informações por causa de leis de privacidade. De qualquer forma, o Lerman revelou à CNN que conversou por horas com a mãe na última quarta-feira e que ela conseguia mexer as mãos. "Ela sabe onde está e quem ela é. Está muito perspicaz", afirmou.

No momento, a equipe médica está tentando reabilitar a idosa com fisioterapia, apesar de alguns danos irreversíveis já terem sido causados em seu pulmão.