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Alemanha prevê pico em UTIs e ministro diz que vacinação evitaria o cenário

20.mar.2020 - Pessoas com máscaras de proteção contra o coronavírus em ruas de Berlim, na Alemanha - Odd ANDERSEN / AFP
20.mar.2020 - Pessoas com máscaras de proteção contra o coronavírus em ruas de Berlim, na Alemanha Imagem: Odd ANDERSEN / AFP

Do UOL, em São Paulo

03/12/2021 09h10Atualizada em 03/12/2021 09h12

A Alemanha prevê que atingirá "um novo pico de hospitalizações por covid-19 em UTIs por volta do Natal", afirmou hoje o ministro de Saúde alemão, Jens Spahn, durante coletiva de imprensa. A informação foi divulgada pela CNN dos Estados Unidos.

Segundo o ministro, 4.800 pessoas infectadas com covid estão em tratamento intensivo no país. Para evitar mais casos graves e a circulação do vírus, a Alemanha anunciou ontem um lockdown parcial para não vacinados.

Neste caso, o governo diz que as pessoas só terão acesso livre a serviços essenciais, como mercados, farmácias e padarias.

Se todos os adultos na Alemanha fossem vacinados, não estaríamos nesta situação.
Ministro de Saúde alemão, Jens Spahn, durante coletiva de imprensa

O ministro Spahn ressaltou que médicos e equipes de enfermagem estão enfrentando uma enorme pressão. Ele afirmou que a Alemanha tem vacinas suficientes para atingir a meta de 30 milhões de doses de reforço até o Natal.

Apenas 10 milhões dos 55 milhões de adultos vacinados na Alemanha receberam a dose adicional.

Ao lado do ministro alemão, o chefe do Instituto Robert Koch, Lothar Wieler, alertou para o aumento de mortes por covid-19 nas próximas semanas. "Não temos um dia a perder. Devemos reduzir o número de casos de novas infecções diárias, bem como a taxa de incidência para quebrar a quarta onda na Alemanha".

A poucos dias do inverno, a tensão para conter o avanço do coronavírus já afetava a Alemanha e o cenário se agravou com a recém-descoberta variante ômicron do novo coronavírus.

Lei para tornar vacinação obrigatória

O Parlamento alemão vai debater uma lei para tornar obrigatória a vacinação contra o novo coronavírus, medida já anunciada pela vizinha Áustria e que é defendida pelo atual vice-chanceler alemão, Olaf Scholz.

Vivendo um período de transição de governo, o país enfrenta o pior momento da pandemia em termos de novos casos. A taxa de vacinação é de pouco menos de 70% da população, se aproximando da média da União Europeia, mas é inferior a de países como Portugal e Irlanda.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, a Alemanha é o segundo país no mundo com mais contágios nos últimos 28 dias (1,3 milhão), atrás apenas dos Estados Unidos (2,4 milhão).

Já o número semanal de mortes —foram 1,83 mil óbitos na semana passada —é o mais alto desde o início de março.

Virologistas atribuem a quarta onda de covid, que se espalha na Europa e pode sobrecarregar as unidades de tratamento intensivo, à resistência de uma grande parcela da sociedade à vacinação. Eles também criticam políticos por agirem tarde demais.