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Trump elogia Putin por ações em regiões separatistas da Ucrânia: 'Genial'

Donald Trump e Vladimir Putin se cumprimentam em reunião do G20 em Osaka, no Japão, em 2020 - Kevin Lamarque/Reuters
Donald Trump e Vladimir Putin se cumprimentam em reunião do G20 em Osaka, no Japão, em 2020 Imagem: Kevin Lamarque/Reuters

Do UOL, em São Paulo

23/02/2022 12h07Atualizada em 23/02/2022 13h18

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou o presidente russo, Vladimir Putin, pela decisão de reconhecer a independência de territórios separatistas da Ucrânia.

Em entrevista a um programa de rádio transmitido ontem, o republicano declarou que essa foi a maior "força de paz" que ele já viu e disse que os Estados Unidos poderiam fazer o mesmo na fronteira com o México.

"Ontem, eu vi em uma televisão e disse: 'Isso é genial'. O Putin declara uma grande parte da Ucrânia como independente. Isto é maravilhoso", declarou ele ao programa "Clay Travis & Buck Sexton".

"Ele vai entrar e ser um pacificador. Essa é a maior força de paz. Poderíamos usar isso na nossa fronteira ao sul. Essa é a maior força de paz que eu já vi."

Trump ainda criticou o seu sucessor, Joe Biden, e disse que Putin é muito inteligente.

"Aqui está um cara que diz: 'Vou declarar a independência de uma grande parte da Ucrânia, e vamos entrar lá e ajudar a manter a paz'. Você tem que admitir que isso é bem inteligente. Sabe qual foi a resposta de [Joe] Biden? Não houve. Eles não tinham respostas a isso. É muito triste."

As declarações do ex-presidente dos EUA acontecem em meio à escalada na tensão na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. Na segunda-feira (21), Putin assinou um decreto em que reconhece a independência dos territórios ucranianos separatistas Donetsk e Lugansk. O movimento pode abrir caminho para a Rússia enviar tropas para a região, sob o pretexto de proteger essas regiões contra a Ucrânia.

Ontem, Biden anunciou novas sanções contra a Rússia, dizendo que impedirão que o Kremlin, sede do governo russo, faça transações financeiras envolvendo os títulos de sua dívida com empresas dos EUA e da Europa.

"Estamos implantando sanções na dívida soberana da Rússia. Isso significa que estamos cortando o governo russo das finanças ocidentais. Ele não poderá mais levantar dinheiro no Ocidente e não poderá negociar seus títulos em nossos mercados e em mercados europeus", afirmou.

Hoje, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia prometeu uma resposta "forte" e "dolorosa" às medidas. "Que não haja qualquer dúvida: haverá uma resposta forte a essas sanções, não necessariamente simétricas, mas bem calculadas e dolorosas para os Estados Unidos", disse Moscou em comunicado.