Judeus ortodoxos pagam mexicanos para protestar em seu lugar

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  • Mladen Antonov/AFP

    28.abr.2015 - Judeu ultraortodoxo grita slogans contra o casamento gay em protesto na frente da Suprema Corte dos EUA, em Washington

    28.abr.2015 - Judeu ultraortodoxo grita slogans contra o casamento gay em protesto na frente da Suprema Corte dos EUA, em Washington

Não pode sair para ir protestar? Contrate alguém para ir no seu lugar! Essa foi a boa ideia que o Comitê Judeu de Ação Política teve para a contra-manifestação que eles organizaram durante a passeata a favor do casamento gay, no domingo (28) em Nova York.

Jornalistas do jornal americano "The New York Times" ficaram intrigados com a aparência de vários homens que seguravam grandes cartazes clamando que "o judaísmo proíbe a homossexualidade" e outras frases do tipo. Confinados atrás de uma barreira, eles vestiam o xale de oração judaico, mas na verdade eram... trabalhadores mexicanos pagos para protestar, como revelaram aos jornalistas.

Heshie Freed, um membro do grupo judeu ortodoxo sediado em Brooklyn, explica que de fato os homens foram contratados para engrossar as fileiras de manifestantes, substituindo estudantes judeus que normalmente teriam sido convocados para participar do evento.

"Os rabinos disseram que os 'yeshiva boys' [jovens que estudam a Torá, o Talmude e o judaísmo] não deveriam vir por causa do que poderiam ver na parada".

De fato eles corriam o risco de cruzar com vários casais gays se beijando, o que poderia chocá-los. Barrados pelos policiais no cruzamento da 5ª Avenida com a Rua 15, os contra-manifestantes também foram atingidos por garrafas d'água jogadas por manifestantes pró-casamento gay.

Segundo testemunhas, as barreiras que separavam o grupo judeu do resto dos manifestantes se abriram e houve confrontos.

A iniciativa pode surpreender, mas ela não é a primeira do gênero. Uma empresa de serviços americana, a Crowds on Demand, oferece multidões, seja para acompanhar uma celebridade, seja para organizar manifestações de apoio à causa do cliente. 

Um jornalista da "Vice" conversou em 2013 com o criador da empresa, Adam Swart, em Los Angeles. Para esse empresário, é uma abordagem óbvia para uma empresa de comunicação e é somente um meio de "chamar a atenção".

Tradutor: UOL

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