Dilma ficou feliz com saída sob fiança de brasileira presa na Rússia
A presidente Dilma Rousseff usou seu Twitter nesta terça-feira (19) para mostrar felicidade pela soltura sob fiança da brasileira Ana Paula Maciel, que estava presa na Rússia há 2 meses após um protesto do Greenpeace contra a exploração de petróleo no Ártico. "Fiquei feliz com a notícia de que a bióloga brasileira Ana Paula Maciel possa, mediante fiança, responder em liberdade ao seu processo na Justiça da Rússia", tuitou.
Dilma ainda afirmou que o ministério das Relações Exteriores acompanha o caso.
A ativista vai ser libertada mediante o pagamento de fiança de dois milhões de rublos -- o equivalente a R$ 138 mil. Outros integrantes dos 27 ativistas e 2 jornalistas que foram presos com a brasileira também estão recebendo fiança. A família de Ana Paula está na expectativa para reencontrá-la.
Sua irmã, Telma Maciel falou em entrevista para a Rede Globo que a família deve reencontrar Ana 'nas próximas semanas'.
Rússia concede liberdade sob fiança a brasileira do Greenpeace
"Não sabemos como será essa liberdade, até que ponto poderemos nos aproximar dela, mas se ela estiver fora do centro de detenção iremos encontrá-la nas próximas semanas", afirmou Telma.
Segundo ela, a ONG já se prepara para pagar a fiança, mas o processo de libertação ainda pode demorar mais "uns dois ou três dias". "Sabemos que ela ainda tem uma longa caminhada pela frente, mas a Justiça começa a ser feita."
Vários tribunais de São Petersburgo iniciaram na segunda-feira a análise da detenção provisória dos 30 tripulantes, que expira em 24 de novembro.
Na sexta-feira, o Greenpeace anunciou que a Comissão de Investigação, principal órgão responsável pelas investigações criminais na Rússia, desejava manter os ativistas presos por mais três meses, para "concluir a investigação".
"A libertação sob fiança (...) é, sem dúvida, uma boa notícia", comemorou o Greenpeace em um comunicado.
"Mas não podemos esquecer que as acusações não foram retiradas e que eles ainda correm o risco de serem condenados à prisão", ressaltou a ONG.
"Os procuradores decidiram por enquanto que não havia base para manter as pessoas na prisão, e isso é razoável. Mas eles serão mais razoáveis ainda se retirarem as acusações absurdas que pesam sobre os ativistas", declarou um advogado do Greenpeace na Rússia, Anton Beneslavski, citado no comunicado.
Entenda o caso
Os 30 ativistas estão detidos na Rússia desde 19 de setembro, quando um comando da guarda costeira russa abordou o barco Arctic Sunrise, no qual navegava pelo mar de Barents, região do Ártico russo.
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Vários ativistas tentaram escalar uma plataforma petroleira da empresa russa Gazprom para denunciar o risco ecológico da atividade petroleira.
O Comitê de Investigação russo iniciou processos por pirataria. Os militantes negaram as acusações e atribuíram à Rússia uma ação ilegal no barco em águas internacionais.
O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu que os militantes não são piratas, mas violaram "as normas da lei internacional".
Após as declarações, o comitê de investigação informou que as acusações seriam reduzidas para vandalismo, o que ainda não ocorreu.
Na terça-feira (1º), diretora de uma comissão de vigilância penitenciária, Irina Paikacheva, explicou à AFP que os militantes estão quase em "estado de choque" e não compreendem a acusação.
"Não podiam imaginar estas consequências depois de uma ação pacífica em um país democrático", explicou Paikatcheva.
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