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Pinguim-de-magalhães é encontrado em Praia Grande (SP)

Pinguim-de-magalhães encontrado nesta terça-feira (21) na Praia Grande, litoral de São Paulo - Edmilson Lelo/Prefeitura de Praia Grande
Pinguim-de-magalhães encontrado nesta terça-feira (21) na Praia Grande, litoral de São Paulo Imagem: Edmilson Lelo/Prefeitura de Praia Grande

Rafael Motta

Do UOL, em Santos (SP)

21/01/2014 21h27

Um pinguim-de-magalhães foi encontrado por banhistas na praia do Solemar, em Praia Grande (71 km de São Paulo), na manhã desta terça-feira (21). Trata-se do primeiro resgate de uma ave do tipo no litoral paulista neste ano, em uma ocorrência incomum para a época.

Debilitado, o pinguim foi recolhido por agentes da Guarda Costeira da cidade e levado para reabilitação no Aquário Municipal de Santos (72 km de São Paulo).

O animal tem uma anilha na asa direita, com a inscrição w18373, que foi transmitida pela Guarda ao Cemave (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres), do ICMBIo (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

"Provavelmente, esse animal já foi resgatado em situação semelhante, passou por um tempo de reabilitação e foi solto no mar", diz o inspetor da Guarda Costeira, Delfo Monsalvo.

O UOL não conseguiu contato com o ICMBio para confirmar a origem da ave e onde havia passado por tratamento antes de ser encontrada em Praia Grande.

O veterinário Gustavo Dutra, do Aquário de Santos e que cuida do animal agora à noite, diz acreditar que somente amanhã essa confirmação será possível.

Na última sexta-feira (17), 37 pinguins-de-magalhães foram devolvidos ao mar na costa de São Sebastião, no litoral norte do Estado. Eles haviam sido resgatados desde junho passado e, após recuperação no Aquário de Ubatuba, também no litoral norte, retornaram à natureza.

A veterinária Andréa Maranho, do Instituto Gremar -- organização não governamental especializada em resgate e reabilitação de animais marinhos -- afirma que a localização de pinguins no verão é incomum no país.

"A costa brasileira é uma área de dispersão de pinguins, mas, sobretudo, entre julho e setembro. No ano passado, isso ocorreu até novembro. Correntes marítimas e disponibilidade de alimento podem ter feito o animal aparecer", afirma Andréa.