Pinguins de Humboldt aparecem degolados na costa norte peruana
LIMA, 22 Abr 2014 (AFP) - Cinco pinguins de Humboldt em cativeiro foram degolados em um centro de resgate desta espécie em risco de extinção, localizado em Puerto Eten, na costa norte peruana, informou o ministério público nesta terça-feira.
Os restos mortais dos pinguins, dois adultos e três filhotes, apareceram espalhados ao redor de duas piscinas que serviam de habitat em uma cena que mais parecia a de um filme de terror.
Os animais "apresentavam cortes de 6 por 4 centímetros, aproximadamente, e o pescoço exposto. Também há sangue em diferentes partes da piscina 1", disse a jornalistas a promotora Karen Padilla, que investiga o caso.
Os pinguins adultos tinham entre oito e nove anos de idade, enquanto a idade dos filhotes variava entre os oito meses e os dois anos, segundo o MP.
A matança dos pinguins diminuiu para 16 o número de sobreviventes no centro de resgate e reprodução, administrado pelo grupo civil denominado "Associação tua Terra".
O estranho caso mobilizou a polícia e as autoridades ambientais e despertou o interesse da imprensa, chocada com o fato.
O pinguim de Humboldt ("Spheniscus humboldti") é uma espécie de ave não voadora, que mede entre 50 e 70 e faz ninhos no oceano Pacífico, ao longo do litoral do Chile e do Peru.
A espécie deve seu nome à corrente Humboldt, uma massa de água fria descoberta pelo cientista alemão Alexander von Humboldt, que a cada certo tempo recebe uma injeção de água quente, um fenômeno conhecido como El Niño.
No Peru, estes pinguins são encontrados principalmente em ilhotas do Callao, em frente a Lima, e nas ilhas Ballestas, em Paracas (costa sul).
Os pinguins de Humboldt não ultrapassam os 50.000 exemplares no Chile e no Peru.
O fenômeno climático El Niño e a ação de pescadores, que prendem centenas de pinguins em suas redes todos os anos, são as principais ameaças à espécie, que corre risco de extinção.
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