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Petrobras é multada por emissão de fumaça poluente em Duque de Caxias (RJ)

Do UOL, no Rio

01/05/2014 19h47

O Inea-RJ (Instituto Estadual do Ambiente) vai multar a Petrobras por conta de uma emissão de poluentes provocada por uma pane na Reduc (Refinaria de Duque de Caxias), na Baixada Fluminense, nesta quarta-feira (30).

Segundo o instituto, a fumaça de poluentes era intensa, e foi observada durante a manhã de ontem em diversos pontos de Duque de Caxias. O Inea informou ainda que houve emissões significativas de gás monóxido de carbono.

O valor da multa pode variar entre R$ 800 e R$ 2 milhões, caso não haja prejuízos ao meio ambiente, nem afete a população do entorno, e até R$ 50 milhões, caso seja constatado algum dano. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do Inea, técnicos trabalham em um relatório sobre o incidente para definir a gravidade e se houve atenuantes, e também se a empresa agiu prontamente. Em seguida, o relatório é entregue ao conselho-diretor do Inea, que vai estabelecer o valor da multa.

De acordo com uma nota emitida pela Petrobras, “apesar da fumaça gerada, todas as ações foram tomadas para que não houvesse impacto à segurança ou à saúde dos trabalhadores e da população”. Na nota, a Petrobras informa que, “às 5h45 do dia 30, ocorreu uma queda do sistema elétrico interno da Reduc, o que provocou a parada das unidades de produção”.

Segundo o Inea, a pane elétrica foi o que causou a emissão dos gases poluentes, que não foram contidas pelo sistema de contingenciamento da refinaria. Os equipamentos responsáveis pela geração de vapor de água, que dispersaria os gases lançados no ar, também foram afetados pela pane.

O acidente só não foi mais grave porque, de acordo com o instituto, porque no dia do acidente as condições atmosféricas favoreceram a manutenção da fumaça poluente suspensa na atmosfera, a 300 metros de altitude, até a completa dispersão, sem que qualquer impacto significativo fosse registrado na superfície. O Inea ressaltou que “nenhum padrão de qualidade do ar estabelecido na legislação ambiental vigente foi ultrapassado, demonstrando que as concentrações registradas, especialmente de monóxido de carbono, não foram capazes de gerar impacto na saúde da população”.

A Petrobras afirma que “foi garantida a integridade das instalações e que os órgãos de controle foram comunicados sobre o evento, sendo feita avaliação local pelo órgão ambiental”. Nesta quinta-feira (1º), a Reduc voltou a operar normalmente.