Topo

Governo vai pegar emprestado US$ 600 mil contra mudanças climáticas

Imagem de arquivo exibe desmatamento provocado pela exploração de uma mina de ouro ilegal na Floresta Amazônica. Um estudo, publicado na revista "Environnemental Research Letters", descobriu que a proliferação das minas de ouro nos últimos anos em várias regiões da América Latina acelera o desmatamento, ameaça a biodiversidade dessas áreas e contribui para a emissão de gases causadores do efeito estufa - Nacho Doce/Reuters
Imagem de arquivo exibe desmatamento provocado pela exploração de uma mina de ouro ilegal na Floresta Amazônica. Um estudo, publicado na revista "Environnemental Research Letters", descobriu que a proliferação das minas de ouro nos últimos anos em várias regiões da América Latina acelera o desmatamento, ameaça a biodiversidade dessas áreas e contribui para a emissão de gases causadores do efeito estufa Imagem: Nacho Doce/Reuters

Do UOL, em São Paulo

10/04/2015 16h53

O Ministério do Meio Ambiente assinou um contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para financiar US$ 600 mil, com contrapartida local de US$ 150 mil, para as ações de corte de emissões de gases de efeito estufa no país. O governo pretende “aumentar a eficiência e a eficácia do financiamento de projetos e programas de redução dos impactos causados pelo agravamento do efeito estufa”, segundo comunicado do ministério.

A pasta não detalhou como esse recurso deve ser utilizado, apenas informou que serão avaliadas as necessidades relacionadas ao financiamento das ações de mitigação. A ministra do Meio Ambiente cobrou nesta semana, durante debate em Brasília, que o acordo internacional de cortes de efeito estufa seja feito com urgência. O novo acordo climático global deve ser submetido, em dezembro próximo, à 21ª Conferência das Partes (COP 21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). Ao todo, 193 países deverão entrar em consenso sobre o documento na chamada Cúpula de Paris, que será chefiada pelo governo francês.

“O Brasil é o país que mais reduz emissões no mundo e isso não tem nos trazido retornos monetários. Vamos cobrar o reconhecimento dos nossos esforços”, afirmou Izabella. Para a ministra Izabella, as emissões geradas pelas grandes cidades, a vulnerabilidade social e a questão dos resíduos sólidos devem figurar como os principais eixos de atuação dos governos municipais. “Os prefeitos precisam ter noção clara dos seus impactos por meio de inventários. É fundamental garantir o fechamento dos lixões e pensar na redução de emissões associadas aos resíduos sólidos”, afirmou ela, segundo o site do ministério.