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Pesquisadores procuram veado raro que desapareceu no interior de SP

A fêmea de veado-campeiro que desapareceu no fim de semana. Qualquer informação que possa levar ao animal pode ser fornecida pelo  telefone (16) 3209-7501 - Divulgação
A fêmea de veado-campeiro que desapareceu no fim de semana. Qualquer informação que possa levar ao animal pode ser fornecida pelo telefone (16) 3209-7501 Imagem: Divulgação

Eduardo Schiavoni

Do UOL, em Ribeirão Preto (SP)

04/08/2015 16h27

Pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Jaboticabal (342 km de São Paulo) tentam localizar, desde segunda-feira (3), uma fêmea de veado-campeiro que desapareceu no fim de semana. O animal é raro e seria utilizado para a reprodução da espécie em uma pesquisa feita na instituição. Tratava-se da única fêmea da espécie em cativeiro no País. A Unesp trabalha com a hipótese de que o animal tenha sido solto ou furtado e disponibilizou uma linha para receber denúncias e tentar encontrar o veado.

A fêmea da espécie, que já esteve ameaçada de extinção, estava há pouco mais de uma semana em Jaboticabal e veio de um centro de reabilitação de animais selvagens de Campo Grande (MS). Ela estava em processo de quarentena antes de ser integrada ao espaço onde os veados machos ficam.

Segundo o pesquisador e médico veterinário José Maurício Barbanti Duarte, coordenador do Núcleo de Pesquisas e Conservação de Cervídeos da Unesp, o local onde o animal estava foi arrombado.

"Na madrugada de domingo, nosso quarentenário foi arrombado. Essa fêmea de veado campeiro estava lá, e sumiu. Ela pode ter sido furtada, mas acreditamos que a pessoa entrou no local para furtar outras coisas, como defensivos agrícolas, mas, como o local fica vazio, não encontrou nada, viu o animal e decidiu soltá-lo", ressalta.

"De toda forma, não há sinal de sangue ou mesmo confronto, então aparentemente ela não foi abatida e é possível que esteja viva", disse.

Riscos

O especialista explica ainda que o animal é relativamente dócil e pode se expor ao contato com humanos. Ele informa ainda que, como o animal estava em processo de quarentena, há risco em uma eventual ingestão da carne se a fêmea for abatida. "Ela não tinha sido liberada do acompanhamento clínico, então, se a carne for consumida, pode ser um grande perigo", disse. "Mas nossa expectativa é que ela esteja viva".

Barbanti explica que a fêmea tem um "valor muito alto" para a pesquisa conduzida por ele, que quer realizar a reprodução da espécie em cativeiro. Ele informou ainda que qualquer informação que possa levar ao animal pode ser fornecida pelo  telefone (16) 3209-7501. "Atendemos imediatamente ao chamado", ressaltou.