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COP-21: 184 países apresentaram programas para limitar as emissões de CO2

Laurent Fabius, François Hollande e Ban Ki-moon, respectivamente o ministro de Relações Exteriores da França, o presidente francês e o secretário-geral da ONU, se cumprimentam ao chegar para o local da Conferência do Clima de Paris - Guillaume Horcajuelo/AFP
Laurent Fabius, François Hollande e Ban Ki-moon, respectivamente o ministro de Relações Exteriores da França, o presidente francês e o secretário-geral da ONU, se cumprimentam ao chegar para o local da Conferência do Clima de Paris Imagem: Guillaume Horcajuelo/AFP

Em Paris

30/11/2015 10h40

Um total de 184 países apresentaram programas nacionais para limitar as emissões de gases que causam o efeito estufa, afirmou nesta segunda-feira (30) o ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius, após assumir a presidência da 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21).

Eles juntos representam "mais de 95%" das emissões causadoras do aquecimento climático, afirmou Fabius na abertura da Cúpula do Clima, ao considerar "encorajador que quase todos os países do mundo" se se tenham comprometido dessa maneira.

No entanto, especificou que "isso não bastará" para cumprir o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a dois graus até o final do século, e por isso considerou que o acordo em Paris deverá incluir "a necessidade de revisões periódicas" desses compromissos.

"É verdade que nem tudo se resolverá em Paris, mas sem Paris não se conseguirá nada", advertiu às 196 delegações participantes (195 países mais a União Europeia) da conferência, que acontece até dia 11.

O presidente da COP21, que insistiu que não se deve "perder tempo em questões de procedimento", ressaltou que a meta é "um acordo universal e ambicioso que terá que ser diferenciado, justo, sustentável, equilibrado e juridicamente vinculativo".

"Ou fracassamos, e será a desolação, ou alcançamos um acordo ambicioso e se abre para nós um bom futuro", sentenciou Fabius, que recebeu a direção das negociações do ministro de Meio Ambiente do Peru, Manuel Pulgar Vidal, que exercia até então esse cargo.